PSB e demais partidos irão ao STF contra primeiro ato de Lira
Em nota enviada na madrugada desta terça-feira (2), o líder do PSB, deputado Alessandro Molon (RJ), demais integrantes da Bancada do PSB, e parlamentares do PT, MDB, PSDB, PDT, PCdoB, Cidadania, PV, Rede afirmaram que recorrerão ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra a decisão de Arthur Lira (PP-AL) de anular a eleição para cargos da mesa da Câmara.
Em conjunto, os congressistas repudiaram "com a mais intensa veemência? o que chamaram de ato autoritário, antirregimental e ilegal praticado pelo deputado, eleito na noite de ontem o novo presidente da Câmara. O primeiro ato de Lira foi anunciado logo após a formalização de sua vitória na Casa, por 302 votos, alegando ilegalidade na inscrição do PT em um dos blocos partidários após o horário limite.
"A eleição é una: não se pode aceitar só a parte que interessa. Ao assim agir, afrontando as regras mais básicas de uma eleição ? não mudar suas regras após a sua realização -, o referido deputado coloca em sério risco a governabilidade da Casa?, diz um trecho do comunicado em que confirmam a judicialização do caso.
Pelo Twitter, Molon reiterou a união dos partidos diante da medida. "Estamos nos mobilizando, o PSB e vários partidos, para acionar o STF contra a decisão autoritária de Arthur Lira em seu 1º ato como presidente da Câmara. É inadmissível que Lira só reconheça a parte que lhe interessa na eleição, tentando esmagar quem diverge dele. Vamos à luta!?, escreveu.
As siglas afirmam também que ao insistir nesse caminho, Lira perderá qualquer condição de presidir a Câmara, "já que seu primeiro ato desacredita o que acabara de dizer: que decidiria com imparcialidade?.
"Foi a desmoralização mais rápida de um discurso que já se viu. A única voz que o mesmo aceita que se ouça na Mesa Diretora da Câmara é a voz daqueles que com ele concordam?, apontam a seguir.
Leia a nota, na íntegra:
"Os partidos que se uniram em torno da defesa de uma Câmara livre e independente repudiam, com a mais intensa veemência, o ato autoritário, antirregimental e ilegal praticado pelo deputado Arthur Lira. A eleição é una: não se pode aceitar só a parte que interessa.
Ao assim agir, afrontando as regras mais básicas de uma eleição ? não mudar suas regras após a sua realização -, o referido deputado coloca em sério risco a governabilidade da Casa. A insistir nesse caminho, perderá qualquer condição de presidi-la, já que seu primeiro ato desacredita o que acabara de dizer: que decidiria com imparcialidade.
Foi a desmoralização mais rápida de um discurso que já se viu. A única voz que o mesmo aceita que se ouça na Mesa Diretora da Câmara é a voz daqueles que com ele concordam. Os que ousam defender uma Câmara altiva ele quer calar, já em seu primeiro movimento, tentando esmagar a representatividade de nossos partidos e de nosso bloco. Não aceitaremos.
Vamos ao STF em defesa da democracia e do Parlamento brasileiro.?
Líderes e parlamentares do PT, MDB, PSB, PSDB, PDT, PCdoB, CIDADANIA, PV, REDE
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