Em despedida, Maia chora e acena trégua a Lira
por: Nathalia Bignon
Emocionado, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), se despediu do cargo na noite desta segunda-feira (1º). Em um dia marcado por reviravoltas políticas e pela eleição de seu sucessor, Maia citou as dificuldades trazidas pela pandemia e agradeceu o apoio de colegas durante os quatro anos, seis meses e 19 dias em que esteve no comando da Casa.
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Antes de iniciar a votação, entre lágrimas, Maia afirmou que conheceu "melhor o país através de cada um dos colegas? e defendeu união para superar os desafios nacionais. "Precisaremos, unidos, eu no plenário, construir o futuro do Brasil, não pelos próximos dois anos, mas para os próximos vinte anos?, afirmou.
Ele também destacou conquistas durante a sua gestão, como a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) de Guerra, que simplificou os gastos do governo federal para o combate à pandemia do coronavírus.
"A PEC da guerra foi uma construção desta casa. Tivemos votos de todos os partidos, unidos, em um momento tão difícil que vivemos no ano passado e vamos continuar vivendo neste ano. Eu quero agradecer a cada um de vocês por essa oportunidade, para quem faz política. O governo federal e seus Três Poderes é injusto, porque concentra renda na elite dos servidores públicos?, completou.
Trégua
Na tentativa de dar fim às polêmicas com o rival, Arthur Lira (PP-AL), aliado de Jair Bolsonaro e principal opositor de Baleia Rossi (MDB-SP), seu candidato, Maia minimizou diferenças políticas. "As brigas passaram, vamos eleger um novo presidente. Tivemos um momento de mais atrito com Arthur Lira, e se algum momento alguém tenha se sentido ofendido, não foi a minha intenção. Qualquer um que seja eleito vai trabalhar para que tenhamos muito mais respeito e cada vez mais orgulho de sermos deputados brasileiros?, declarou.
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Ele pediu que o próximo presidente da Casa e os demais parlamentares atuem para reduzir a desigualdade que assola o país. "Todos nós sabemos, a esquerda e a direita, que esse não é o país que chegamos aqui para defender? São essas injustiças que fazem o Brasil ser tão desigual?, destacou.
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