Após traição do DEM, Maia diz a aliados que deve deixar partido

Após o DEM, partido do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (RJ), deixar o bloco do candidato apoiado por ele na disputa pela presidência da Casa, o deputado comunicou ao presidente do partido, ACM Neto, que pretende deixar a sigla. 

Segundo coluna da Bela Megale, no jornal O Globo, Maia argumentou que não pode ficar em uma legenda aliada ao bolsonarismo.

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A decisão do DEM ocorreu durante reunião realizada na noite de domingo (31), às vésperas da eleição que ocorre hoje (1º). Os principais candidatos são Baleia Rossi (MDB-SP), apoiado por Maia, e Arthur Lira (PP-AL), aliado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido. A sigla anunciou que os deputados estão liberados para votar em quem quiser.

Políticos da esquerda, do centro e da direita, avaliam que Maia não se preparou para deixar a cadeira e não se deu conta que os dias de poder estavam acabando, segundo reportagem da Folha de S. Paulo.

Caciques partidários afirmam que ele terá dificuldade em se encaixar politicamente se Lira ganhar a eleição, principalmente em articulações futuras para 2022. Porém, além do enfraquecimento de Maia, o DEM, visto como traidor, também sai abalado do processo eleitoral, segundo análise de políticos experientes.

Integrantes do grupo de Baleia pediram mudanças na cabine da eleição desta segunda. Eles queriam tirar a cortina que há em volta das urnas com o objetivo de impedir que deputados filmassem seus votos. A Câmara não fiscaliza a entrada dos parlamentares e não controla a utilização de celulares.

Com informações do jornal O GLOBO e Folha de S. Paulo