Presidente da Eletrobrás renuncia ao cargo
por: Nathalia Bignon
O presidente da Eletrobrás, Wilson Ferreira Junior, renunciou ao cargo neste domingo (24), alegando "problemas pessoais?. A decisão foi divulgada pela estatal em um fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), assinado pela diretora financeira e de relações com investidores da Eletrobras, Elvira Cavalcanti. Segundo o ofício, o executivo vai deixar a presidência da empresa no dia 5 de março. Ainda não há um sucessor indicado.
A renúncia do executivo aconteceu menos de uma semana depois de um novo revés à desestatização da empresa. Na quinta-feira (21), as ações da Eletrobrás caíram 6,15% (PNB) e 5,15% (ON) depois de o candidato apoiado pelo governo Jair Bolsonaro para a presidência do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), declarar que a privatização da estatal não seria um foco da sua gestão.
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Analistas do mercado financeiro passaram a colocar em dúvida a privatização da empresa ainda durante o governo Bolsonaro. O Bradesco BBI cortou a recomendação da Eletrobrás para neutro até o fim das eleições no Congresso, em 1º de fevereiro.
A companhia convidou os investidores para uma teleconferência às 15h desta segunda-feira (25), com a presença do executivo.
Histórico na Eletrobrás
Wilson Ferreira Junior estava à frente da companhia desde 2016, quando foi nomeado pelo então presidente Michel Temer (MDB). O executivo é um dos principais defensores do plano de privatização da estatal, que enfrentou reveses ao longo dos anos e acabou não se concretizando.
No fato relevante, a Eletrobrás reconheceu méritos do executivo, como a redução de alavancagem da empresa e a diminuição de custos operacionais com privatizações de distribuidoras e programas de eficiência.
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O executivo chegou a se envolver em polêmicas no início da sua gestão. Em junho de 2017, a divulgação de uma conversa de Ferreira Júnior com sindicalistas gerou mal-estar na empresa, depois de o então presidente da companhia se referir a funcionários com adjetivos como "safados? e "vagabundos.?
Com informações do Estadão e Folha de S.Paulo
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