Instituto Pensar - Depois de cinco semanas, Bolsonaro finalmente reconhece vitória de Biden

Depois de cinco semanas, Bolsonaro finalmente reconhece vitória de Biden

por: Nathalia Bignon


Cinco semanas após a vitória de Joe Biden, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) finalmente reconheceu o democrata como presidente eleito dos Estados Unidos nesta terça-feira (15). Fã declarado do republicano Donald Trump, o brasileiro foi um dos últimos líderes mundiais a reconhecer o resultado das eleições americanas, que apontou a vitória de Biden em 7 de novembro.

"Saudações ao Presidente Joe Biden, com meus melhores votos e a esperança de que os EUA sigam sendo ?a terra dos livres e o lar dos corajosos\'?, escreveu Bolsonaro no Twitter, fazendo uma referência a um trecho do hino nacional dos Estados Unidos.

"Estarei pronto a trabalhar com o novo governo e dar continuidade à construção de uma aliança Brasil-EUA, na defesa da soberania, da democracia e da liberdade em todo o mundo, assim como na integração econômico-comercial em benefício dos nossos povos?, completou o brasileiro, reproduzindo o conteúdo de uma nota divulgada pelo Itamaraty.

https://twitter.com/jairbolsonaro/status/1338938936689893377?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1338938960131796998%7Ctwgr%5E%7Ctwcon%5Es2_&ref_url=https%3A%2F%2Fwww.socialismocriativo.com.br%2Fdepois-de-cinco-semanas-bolsonaro-finalmente-reconhece-vitoria-de-biden%2F

Em entrevista à TV Bandeirantes nesta terça, Bolsonaro afirmou que só reconheceria a vitória de Biden após delegados do Colégio Eleitoral dos EUA confirmarem o resultado do pleito, o que ocorreu na segunda (14). A demora contrastou com a maioria dos líderes mundiais, entre eles a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, e o premiê do Reino Unido, Boris Johnson, que cumprimentaram Biden pela vitória pouco depois de o resultado ter sido projetado.

Além de Bolsonaro

Poucos líderes mundiais, como o russo Vladimir Putin e o mexicano Manuel López Obrador vinham evitando reconhecer Biden como presidente eleito. Nesta terça, no entanto, López e Putin enviaram seus cumprimentos, deixando Bolsonaro apenas em companhia do ditador norte-coreano Kim Jong-un.

Na entrevista à Band, Bolsonaro que instruiu seu ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, a dar prosseguimento a uma comunicação oficial do reconhecimento do governo brasileiro ao democrata. "Da minha parte, e da parte dele com toda certeza, o americano é pragmático, nós vamos fazer um trabalho de cada vez mais aproximação?, disse Bolsonaro.

Reconhecimento a contragosto

Nas semanas que antecederam a eleição americana, no início de novembro, Bolsonaro ? que implementou uma política externa personalista que alinhou seu governo fortemente a Donald Trump ? disse em diversas oportunidades que estava torcendo pela vitória do republicano. A atitude contrastou com seus antecessores, que evitaram se posicionar sobre assuntos internos dos EUA.

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Ele ainda endossou a narrativa de Trump de que o pleito que marcou a derrota republicana foi marcado por fraudes, uma acusação que não encontrou nenhum respaldo jurídico. Trump continua evitando conceder a derrota e lançou uma ofensiva jurídica para tentar reverter o resultado, até agora sem qualquer sucesso.

Com informações da Deutsche Welle Brasil



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