Instituto Pensar - Com avanço da Covid-19, prefeitura do Rio cancela Réveillon

Com avanço da Covid-19, prefeitura do Rio cancela Réveillon

por: Nathalia Bignon


Queima de fogos na praia de Copacabana, Réveillon Rio 2019 ? (Foto: Gabriel Monteiro/Secom)

Prefeitura do Rio de Janeiro anunciou nesta terça-feira (15) que cancelou a festa de Réveillon na cidade. A decisão é uma forma encontrada pelo Poder Executivo para tentar deter o avanço da Covid-19 em meio às festas de fim de ano. Nesse ano, o tradicional evento já ocorreria de forma diferente: sem público e sem queima de fogos, transmitido pela televisão e internet.

Mesmo com as mudanças previstas, a administração municipal avaliou que será mais seguro o cancelamento da festa por completo. Em nota enviada à imprensa, a prefeitura afirma que a decisão acontece "em respeito a todas as vítimas e em favor da segurança de todos?.

"A festa será a da esperança por bons resultados das vacinas para conter a pandemia. Será ainda um momento de reflexão sobre um ano difícil, de luta, com lamentáveis perdas de tantas pessoas. E será também hora de dar graças a Deus pelas vidas salvas?, diz o prefeito Marcelo Crivella (Republicanos).

58% de ocupação

Sindicato dos Meios de Hospedagens do Município do Rio (Hotéis Rio) divulgou nesta semana que cerca de 58% dos quartos de hotéis já estão reservados para o Ano Novo. No ano passado, no mesmo período, o índice era de 68%. Fora da capital, levantamento da Associação de Hotéis do Estado indica ocupação de 81%.

O cancelamento de eventos de ano novo já ocorreu em outros estados. Na Bahia, o avanço da pandemia levou o governo a proibir a realização de festas em estabelecimentos públicos e privados. Com isso, festas de Réveillon foram canceladas, como o Festival da Virada, em Salvador, que este ano aconteceria sem público em formato de live com shows de Ivete Sangalo e Gustavo Lima.

Covid-19 avança no Rio

Assim como outros estados, o Rio de Janeiro enfrenta um forte crescimento da transmissão do coronavírus. Na capital, a taxa de ocupação de leitos intensivos e de enfermaria na rede SUS está em 86% e 80%, respectivamente. Nesta terça, 329 pessoas estavam na fila para transferência para leitos na capital e na Baixada Fluminense, sendo 185 para UTI. Estado tem quase 390 mil casos confirmados da doença e já registra 23.740 mortes.

Na última semana, a Prefeitura do Rio decidiu, em conjunto com o governo do estado, anunciar novas restrições sem, no entanto, adotar medidas mais duras, como a proibição de permanência nas praias. As autoridades fluminenses vinham insistindo na visão de que a prometida testagem em massa, a fiscalização de eventos e a abertura de leitos seriam suficientes para conter a pandemia.

Entre os anúncios feitos na ocasião, estava a proibição do uso de áreas comuns de lazer em condomínios, como saunas e piscinas, e do estacionamento na orla aos finais de semana e feriados. Crivella também determinou o cancelamento das áreas de lazer nas orlas de Copacabana, Ipanema e Leblon e no Aterro do Flamengo aos domingos e feriados. Isso significa que as pistas passaram a ficar abertas para o trânsito de veículos.

Com informações da Folha de S.Paulo



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