Siqueira defende união contra candidato de Bolsonaro na Câmara
por: George Marques
Segue movimentado em Brasília as articulações para a disputa, em 1 de fevereiro próximo, para o comando da Câmara dos Deputados. A fim de barrar barrar o flerte entre o deputado Arthur Lira (PP-AL) e a oposição, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), reuniu os partidos de esquerda nesta terça-feira (15) com o objetivo de evitar dissidências que possam fortalecer a candidatura do nome apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Segundo registra a Folha de S. Paulo, Maia convidou para uma conversa na residência oficial da Câmara líderes e dirigentes de PT, PSB, PDT e PC do B. Também estiveram presentes os dois nomes apoiados por Maia: o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), líder da Maioria, e Baleia Rossi (SP), presidente do MDB.
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Ao deixar o encontro na residência oficial da Câmara, o presidente do PSB, Carlos Siqueira, defendeu a união dos partidos de esquerda e centro-esquerda com o bloco de Maia para encontrar um nome de consenso que consiga "derrotar o candidato oficial do presidente Jair Bolsonaro?.
"O nome é o que melhor unir, eu disse a ele [a Maia]?, afirmou Siqueira. "Eu não tenho preferência pessoal porque não se trata de pessoas, se trata de uma posição política.?
Siqueira afirmou ainda estar tentando convencer integrantes do partido que já sinalizaram apoio a Lira a seguir a orientação do partido e votar no candidato de Maia.
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"Evidentemente, como o voto é secreto, a gente não pode controlar o voto de ninguém. Mas o PSB vai para o bloco em que estiverem os partidos de esquerda e centro-esquerda e vai votar no candidato que seja contra o candidato oficial do Palácio do Planalto?, ressaltou.
Ciro defende aliança na Câmara
Também presente na reunião, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), candidato à Presidência em 2018, afirmou que a intenção da esquerda é construir uma alternativa para barrar o nome de Bolsonaro.
"O que nós podemos fazer, minoria que somos, é exponencializar nossa força pelo diálogo político com outras forças que tenham conosco pontos de afinidade?, afirmou. O PDT, afirmou Ciro, deve se esforçar para conter "os danos? "nessa agenda antipovo, antinacional e antiliberdades democráticas que representam o governo Bolsonaro".
Na avaliação de Ciro, criou-se "uma espécie de clima de já ganhou da candidatura mais vinculada ao Bolsonaro? que "desestabilizou um pouco psicologicamente? os partidos alinhados a Maia.
"Nós precisamos restaurar essa psicologia para mostrar o que é evidente, que o jogo ainda está sendo jogado. Ele não está definido. E o gesto que nós formos capaz de produzir aqui vai reequilibrar esse jogo, com certeza?, ressaltou.
Blocos na Câmara
O bloco de Maia é formado por seis partidos (PSL, MDB, PSDB, DEM, Cidadania e PV), que reúnem 159 deputados. No entanto, calcula-se que apenas metade da bancada do PSL esteja alinhada a esse grupo. O restante, aliados de Bolsonaro, deve apoiar Lira.
Além do PP, a campanha de Lira afirma ter votos de PL, PSD, Solidariedade, Avante, PSC, PTB, PROS e Patriota. Juntos, eles somam 170 deputados. Mas também contam com dissidentes da oposição e do PSL.
Cobiçada por Lira e Maia, a oposição soma cerca de 130 deputados, decisivos na eleição.
O voto é secreto. Por isso, a adesão de partidos a blocos não significa a garantia de votos. São necessários 257 do total de 513 para eleger, em fevereiro, quem comandará os deputados pelos próximos dois anos.
Com infos da Folha
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