Instituto Pensar - MP do Rio define hoje lista tríplice para procurador-geral

MP do Rio define hoje lista tríplice para procurador-geral

por: Eduardo Pinheiro 


Governador em exercício, Cláudio Castro (PSC-RJ), ao lado do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), investigado pelo MP-RJ no
processo das "rachadinhas?. Foto: Reprodução

Ministério Público do Rio (MP-RJ) define nesta sexta-feira (11) os três candidatos mais votados para ser o novo procurador-geral de Justiça. Diferente do que ocorre no caso na Procuradoria-Geral da República (PGR), a Constituição Estadual do Rio obriga o governador a optar por um dos nomes da lista tríplice.

O novo chefe será escolhido em janeiro pelo governador em exercício, Cláudio Castro (PSC), que é próximo à família do presidente Jair Bolsonaro. Há, entre os cinco candidatos, um bolsonarista assumido: Marcelo Rocha Monteiro. No entanto, ele dificilmente estará entre os mais votados, segundo estimativas internas.

Três nomes são associados ao grupo do atual comandante do órgão, Eduardo Gussem: seu chefe de gabinete, Virgílio Stavridis, o promotor Luciano Mattos e o procurador Ertulei Laureano Matos. Completa a lista de candidatos a procuradora Leila Costa. A votação ocorre entre 10h e 17h, de modo eletrônico.

Investigações

O novo chefe do MP será responsável direto pela investigação contra o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), já denunciado pela Promotoria por peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa no processo das "rachadinhas?. Mas ele não é o único do clã Bolsonaro envolvido em investigações no Rio.

Sob a alçada do Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção (Gaecc), a Promotoria também apura supostas irregularidades no gabinete do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos). Até o momento, as investigações apontam para possível desvio de dinheiro público na Câmara Municipal por meio de funcionários "fantasmas?. 

Outra investigação complexa é a que busca desvendar o assassinato da vereadora Marielle Franco, ocorrido em 14 de março de 2018. Desde setembro daquele ano, a apuração está a cargo do Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

O próprio Cláudio Castro também tem seus problemas com o MP. Um vídeo em que o então vice-governador se encontra com um empresário foi usado pelo delator Bruno Campos Selem para alegar que ele estava recebendo propina de R$ 100 mil no âmbito de contratos da Fundação Leão XIII, voltada para assistência social no Estado. O governador nega.

Com informações do jornal O Estado de S. Paulo



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