Instituto Pensar - Flávio Bolsonaro enriqueceu ao menos R$ 1 milhão com ?rachadinha?, diz Promotoria

Flávio Bolsonaro enriqueceu ao menos R$ 1 milhão com ?rachadinha?, diz Promotoria

por: Nathalia Bignon 


O senador Flávio Bolsonaro. ? (Foto: Gabriela Biló / Estadão)

O patrimônio ilícito acumulado pelo senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) entre os anos de 2010 e 2014 somou quase R$ 1 milhão, afirmou o Ministério Público do Rio de Janeiro. De acordo com informações divulgadas neste domingo (8), a fortuna é resultado do esquema das "rachadinhas?, montado no gabinete do primogênito de Jair (Bolsonaro), quando ele era deputado estadual no Rio de Janeiro.

Na denúncia apresentada na última semana ao Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio, o órgão do judiciário se refere ao valor como a diferença entre as despesas da família do hoje senador a renda declarada pelo casal no período.

O MP-RJ identificou que o casal não teria como explicar gastos que somam pelo menos R$ 977,6 mil no intervalo de cinco anos. Boa parte deles foi feito por meio de pagamento em dinheiro vivo ou a partir das contas do casal após serem abastecidas por depósitos em espécie. A defesa do senador nega as acusações e afirma que a denúncia contém "erros matemáticos?.

Flávio pode ter desviado outros R$ 1,6 milhões

A acusação, no entanto, não reúne todas as suspeitas que recaem sobre o primeiro filho do presidente. A movimentação financeira da loja de chocolate de Flávio, por exemplo, ainda segue sob investigação. A Promotoria suspeita que ele tenha lavado até R$ 1,6 milhão por meio do estabelecimento.

Flávio, ex-deputado estadual, é acusado de desviar R$ 6,1 milhões dos cofres públicos, valor referente à soma de seus 12 ex-assessores na Assembleia Legislativa do Rio que, de acordo com a Promotoria, não trabalhavam.

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Desse total, R$ 2,08 milhões foram repassados para as contas do policial militar aposentado Fabrício Queiroz, apontado como operador financeiro do esquema. Outros R$ 2,15 milhões foram sacados pelos ex-assessores-fantasmas. Os investigadores afirmam que esse dinheiro também foi disponibilizado para a suposta organização criminosa, embora não indiquem evidências da entrega.

Flávio, Queiroz e outras 15 pessoas foram denunciadas sob a acusação de peculato, lavagem de dinheiro e apropriação indébita. O senador é acusado de liderar uma organização criminosa para recolher parte do salário de seus ex-funcionários em benefício próprio.

De acordo com a Promotoria, o dinheiro recolhido por Queiroz junto aos assessores era usado para quitar despesas pessoais do senador.

Com informações da Folha de S.Paulo



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