Apesar de esforços de Melania, Trump volta a dar sinais de que não aceitará derrota
por: Nathalia Bignon
Um dia após vitória de Joe Biden nas urnas, o presidente e candidato à reeleição derrotado na corrida pela Casa Branca, Donald Trump, voltou a falar em fraude e ?eleição roubada?. Neste domingo (8), 24 horas depois do democrata ser declarado pela imprensa como o 46º presidente eleito dos EUA, o magnata republicano voltou a indicar que não vai admitir a derrota, embora, desta vez, o tenha feito citando terceiros.
No Twitter, ele escreveu frases atribuídas a seu colega de partido Newt Gingrich, ex-presidente da Câmara dos Representantes dos EUA. As postagens foram sinalizadas pela rede social, alertando que a "reclamação? sobre a suposta fraude eleitoral "é contestada?.
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"Esta foi uma eleição roubada?, disse Gingrich. "Eles roubaram tudo o que tinham para roubar?.
Trump também compartilhou trechos de uma análise feita por Jonathan Turley, jurista e professor da Universidade George Washington, segundo a qual os EUA tem "uma história de problemas eleitorais?.
https://twitter.com/realDonaldTrump/status/1325442336957018112?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1325442336957018112%7Ctwgr%5Eshare_3&ref_url=https%3A%2F%2Fwww.socialismocriativo.com.br%2Fapesar-de-esforcos-de-melania-trump-volta-a-dar-sinais-de-que-nao-aceitara-derrota%2F
Trump insiste em acusações sem provas
Turley menciona a ordem da Suprema Corte para que os votos recebidos por correio depois do dia da eleição fossem contabilizados de forma separada na Pensilvânia, estado em que Biden foi projetado como vencedor e que lhe garantiu o número de delegados necessários para ser considerado presidente eleito dos EUA.
"Quando você fala de problemas sistêmicos, é sobre como essas cédulas foram autenticadas, porque se houver um problema no sistema de autenticação, isso afetaria seriamente toda a eleição?, diz Turley, em um dos trechos compartilhados por Trump.
O jurista também se diz preocupado com "cem milhões de cédulas por correio em cidades como Filadélfia e Detroit? que, segundo ele, têm "uma longa série de problemas eleitorais (para dizer o mínimo)?.
https://twitter.com/realDonaldTrump/status/1325432465415163904?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1325432465415163904%7Ctwgr%5Eshare_3&ref_url=https%3A%2F%2Fwww.socialismocriativo.com.br%2Fapesar-de-esforcos-de-melania-trump-volta-a-dar-sinais-de-que-nao-aceitara-derrota%2F
As cidades são, respectivamente, as mais importantes da Pensilvânia e de Michigan, estados considerados decisivos e que foram conquistados por Biden neste pleito. A apuração em ambos também é alvo de ações judiciais movidas pela campanha de Trump.
Em outras publicações que não foram compartilhadas pelo republicano, Turley diz, em seu perfil pessoal, que é a favor de uma revisão nos votos, mas que "não há atualmente nenhuma evidência de fraude sistêmica? na eleição norte-americana.
Melania pressiona Trump
De acordo com a CNN internacional, a primeira-dama dos Estados Unidos, Melania Trump, vem tentando convencer seu marido a aceitar a derrota para Biden na eleição americana.
Segundo informações reveladas pelo canal, diante da irredutibilidade do atual presidente, Melania e outras pessoas próximas ao presidente ? incluindo seu genro e assessor, Jared Kushner ? estariam tentando convencê-lo a desistir do discurso e reconhecer o resultado da votação.
No entanto, não há nenhuma indicação, até o momento, que Trump vá aceitar o conselho de seus familiares, como demonstrou em suas redes sociais.
Com informações da Folha de S.Paulo
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