Instituto Pensar - Candidato do PCO à prefeitura de SP defende armar população contra a PM

Candidato do PCO à prefeitura de SP defende armar população contra a PM

por: Igor Tarcízio


O candidato do Partido da Causa Operária (PCO) à Prefeitura de São Paulo, Antonio Carlos Silva (Imagem: Reprodução/PCO)


O candidato do Partido da Causa Operária (PCO) à Prefeitura de São Paulo, Antonio Carlos Silva, disse ser a favor de armara população para que ela se defenda da polícia. Ele participou nesta segunda-feira (19) da primeira sabatina Folha/UOL com os candidatos a prefeito da capital paulista. 

Membro da executiva nacional do PCO, Silva é um dos seus fundadores, além de ser responsável pela Corrente Sindical Causa Operária. Fez parte do movimento que defendia a liberdade do ex-presidente Lula (PT).

"Ele [Boulos] cumpre nessas eleições o papel que Marina Silva e Heloísa Helena cumpriram em eleições anteriores em nível nacional, que era procurar desviar um voto do PT, que é um partido que representa um perigo real para a burguesia.? Para Silva, o PCO não tem chances reais nas eleições, em um esquema eleitoral que considera como fraudulento e pior do que na época da ditadura militar (1964-1985).

E apesar de ter diferenças com o Lula, diz, o petista deveria ser o candidato da esquerda em 2022.

Crise na esquerda

Silva afirmou que há uma crise na esquerda e falta mobilização. "A crise que se apregoa na esquerda é uma crise geral de todos os partidos. Há uma dispersão geral das forças?, disse, criticando siglas como PCdoB e PDT como legendas dispostas a se aliar à direita em nome de uma frente ampla.

O candidato afirmou ainda ser favorável a armar a população, apesar de ser contrário ao projeto do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que, segundo Silva, quer dar armas para as milícias.

"Uma das questões fundamentais historicamente para lutar contra sistemas opressores, ainda mais no Brasil que estamos vivendo um momento de características ditatoriais, é o direito ao armamento do povo. O povo tem que ter direito a se defender. A polícia não pode entrar na comunidade como fez em Paraisópolis e sair fuzilando as pessoas e a população não ter direito a se defender?, disse.

Ele diz que o armamento impede que o cidadão fique em desvantagem em relação a um Estado criminoso.

Dissolução da PM e Guarda Civil Metropolitana

Silva afirmou ser a favor da dissolução da Polícia Militar e da Guarda Civil Metropolitana. Defendeu, no lugar, uma polícia municipal que possa ser destituída pelo povo em caso de abusos. "Não podem ser uma organização fascista, reacionária, colocada na margem da sociedade para desenvolver uma guerra contra a população.? 

Entre suas propostas, o candidato do PCO defendeu a estatização do sistema de transporte. 

"O transporte precisa ser estatizado e colocado sob o controle dos trabalhadores. Foi um retrocesso por exemplo o que fez o governo da Erundina quando atacou a greve dos condutores, demitiu 400 trabalhadores, abriu caminho para a privatização da maior empresa em número de trabalhadores do país que era a CMTC, que foi privatizada no governo Maluf?, afirmou.

Com informações da Folha de S. Paulo



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