Novo presidente do Banco do Brasil toma posse nesta terça (22)

O novo presidente do Banco do Brasil, André Brandão, tomará posse nesta terça-feira (22). A informação foi divulgada na tarde desta segunda pelo jornalista Vicente Nunes, do Correio Brasiliense.

De acordo com a coluna, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) já assinou a nomeação do executivo, que será publicada no Diário Oficial da União. A cerimônia de posse será fechada, com a presença de Bolsonaro e poucos convidados, às 10 horas da manhã.

Brandão deixou o HSBC nos Estados Unidos. O executivo, que substitui Rubem Novaes, chega em um momento complexo para o Banco do Brasil, diante das rápidas mudanças pelas quais o mercado bancário está passando. Seu maior desafio será manter intocável o espaço que o BB ocupa hoje no sistema num ambiente muito mais competitivo.

Brandão também terá de reconquistar a confiança dos empregados do Banco do Brasil, que temem pela privatização da instituição. Rubens Novaes, seu antecessor, desde que pisou no BB, teve como única missão preparar o banco para a venda ao setor privado.

Recentemente, em uma de suas tradicionais transmissões, Bolsonaro descartou a transferência do controle acionário do Banco do Brasil para a iniciativa privada. O presidente ressaltou que nem o BB nem a Caixa Econômica Federal serão privatizados, embora as especulações do setor apontem no sentido contrário. A desconfiança entre os empregados do banco é grande.

Quem é o novo presidente do BB

André Guilherme Brandão, 55 anos, é graduado em Ciência da Computação pela Universidade Mackenzie (SP). Tem 34 anos de experiência no mercado financeiro. Trabalhou no HSBC por mais de 20 anos em diferentes funções, inclusive como chefe global do banco para as Américas e para a Europa.

Também nesse período, exerceu os cargos de presidente da corretora do HSBC nos EUA e de presidente do HSBC Brasil. Anteriormente, trabalhou no Citibank como chefe da área de estruturação de produtos e de vendas institucionais.

Com grande experiência no mercado financeiro, sem posições ou vínculos políticos aparentes, além de indicações de não parecer ser uma pessoa que cede fácil à pressão e possuir elevado nível ético, o nome de Brandão foi bem recebido pelo mercado. Contudo, investidores seguem atentos aos grandes desafios que o novo executivo terá que enfrentar.

A escolha do novo CEO do BB também foi considerada uma vitória pela ala "pragmática? do governo, responsável pela indicação de André Brandão. Novaes pediu demissão em meio a um desgaste e também por causa da pressão de dirigir o banco.

Apesar de ser um nome com o aval do ministro da Economia, Paulo Guedes, Novaes era também ligado ao "guru? Olavo de Carvalho, que tem criado polêmicas e atrapalhado a pauta do governo no Congresso. Além disso, o desempenho do BB na área de crédito também seria insatisfatória. Em meio à pressão, ele avisou o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia que estava de saída no dia 24 de agosto.

Com informações do Correio Braziliense e Estadão