Funarte: presidente é exonerado e coronel da reserva assume a entidade
por: Mônica Oliveira
A "dança de cadeiras? em cargos da Cultura no governo Bolsonaro, crítico de iniciativas de fomento como a Lei Rouanet, parece não ter fim. Nesta segunda-feira (14) o governo federal oficializou a troca da presidência da Fundação Nacional de Artes (Funarte), de onde sai Luciano da Silva Querido para a entrada de Lamartine Barbosa Holanda, coronel da reserva.
Holanda teve sua nomeação publicada no Diário Oficial da União e assinada pelo ministro da Casa Civil, Walter Braga Netto.
Segundo o colunista Lauro Jardim, de O Globo, Querido, que se manteve apenas dois meses à frente da Funarte, teria sido demitido por bater de frente com Mario Frias, secretário especial de Cultura, por causa de nomeações ? algumas que foram feitas e outras não. Antes de assumir a Funarte, Querido era assessor do vereador no Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos).
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Esta é a sexta troca de comando na Funarte desde o início do governo Bolsonaro. Antes de Luciano Querido, o maestro Dante Mantovani assumiu o cargo por duas vezes e teve a a gestão marcada por polêmicas, por exemplo, em relação aos efeitos danosos do rock.
A primeira passagem de Mantovani veio após os comandos de Miguel Proença e Stepan Nercessian, nomeado ainda na gestão Michel Temer.
Breve biografia do novo presidente da Funarte
Lamartine é mais um militar nomeado no governo federal. Ele atuou no 26° Batalhão de Infantaria Paraquedista do Exército Brasileiro, tem formação em logística e presidiu a Câmara de Comércio Brasil-Albânia no Rio de Janeiro. Enquanto paraquedista, Lamartine também participou de missões internacionais.
Ainda consta no currículo do coronel da reserva cursos de roteirista na Escola de Cinema de São Paulo, de manutenção de material bélico, de gestão de direitos do processo de financiamento de projetos audiovisuais com recursos públicos, de transportes de cargas perigosas e de comunicação neuroliguística.
Os militares já ocupam mais de 6 mil cargos nas estruturas do governo Bolsonaro. A Funarte é responsável pela elaboração e implementação de políticas públicas de fomento às artes visuais, à música, à dança, ao teatro e ao circo.
Com informações de Congresso em Foco, O Globo e Uol
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