Instituto Pensar - Quilombolas vão ao STF para que o governo adote medidas contra a Covid-19

Quilombolas vão ao STF para que o governo adote medidas contra a Covid-19

por: Mônica Oliveira 


Quilombolas querem que o governo federal prepare um plano nacional para combate à doença nos quilombos em no máximo 30 dias (Foto: divulgação/Conaq)

Semelhante à exigência feita por indígenas em julho para frear a Covid-19, a Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq) e seis partidos entraram com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF), para que o governo federal prepare um plano nacional de combate à doença nos quilombos.

A ação pede que o governo de Jair Bolsonaro elabore esse plano em no máximo 30 dias, com a colaboração da entidade representativa dos quilombolas. Entre outros pedidos, a Conaq solicita à corte que determine ao governo a distribuição imediata de equipamentos de proteção individual e disponibilização de meios de testagem dessa população.

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A entidade alega que "o governo não se mostra disposto a construir políticas que estanquem esse  problema?, o que tem gerado "graves lesões às comunidades quilombolas e coloca em risco iminente a garantia de reprodução física, social e cultural desses grupos formadores da identidade nacional?.

A letalidade do vírus entre quilombolas

O pleito menciona dados atualizados até 19 de agosto pelo Observatório da Covid-19 nos Quilombos, segundo os quais foram registrados 155 óbitos e ao menos 4.276 casos confirmados de Covid-19 nas comunidades quilombolas.

A Conaq alerta que essa taxa de letalidade é superior ao que ocorre na população brasileira em geral.

"O resultado da pandemia de Covid-19 nos territórios quilombolas é alarmante, sobretudo pelas condições socioeconômicas e a precariedade na assistência à saúde nessas localidades?, diz o texto, que acrescenta: "Há preocupação especial com a população mais idosa, sujeitos que possuem particular importância para essas comunidades, posto que são eles e elas que promovem a transferência da memória e da cultura aos mais jovens, garantindo a reprodução étnica, social e cultural dessas comunidades?, completou.

Com informações do Uol



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