Instituto Pensar - Crivella é alvo de buscas por suposto esquema de corrupção

Crivella é alvo de buscas por suposto esquema de corrupção

por: Eduardo Pinheiro


Foto: Marcos Corrêa/PR

Prefeito do Rio de Janeiro e candidato à reeleição, Marcelo Crivella (Republicanos) foi alvo de uma operação do Ministério Público e da Polícia Civil nessa quinta-feira (10). A investigação apura crimes de corrupção e organização criminosa.

Pela manhã, houve busca na residência de Crivella e em duas sedes da prefeitura ? o Palácio da Cidade, na zona sul, de onde ele despacha, e o prédio administrativo, no centro. O celular do prefeito foi apreendido.

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A ação é um desdobramento da Operação Hades, deflagrada em março, com base na delação premiada do doleiro Sérgio Mizrahy. Segundo o colaborador, Crivella recebeu "pagamentos por fora? por empresas em troca de contratos com o município.

O empresário Rafael Alves é suspeito de ser o operador do esquema. Embora sem cargo na prefeitura, ele seria o responsável por tratar com as empresas e participaria de conversas para facilitar o pagamento a firmas com as quais o município tivesse dívidas.

Além de Crivella e Rafael, o ex-senador Eduardo Lopes, o marqueteiro Marcello Faulhaber (que atualmente trabalha com Paes) e o ex-tesoureiro Mauro Macedo (que trabalhou na campanha do atual prefeito) também tiveram endereços vasculhados pelos agentes.

Outro candidato à prefeitura, Eduardo Paes (DEM) também foi alvo do MP na última terça-feira (8). Paes ainda se tornou réu na Justiça Estadual do Rio por corrupção, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica eleitoral, sob acusação de ter recebido R$ 10,8 milhões em caixa 2 da Odebrecht em 2012.

Crivella nega envolvimento

Em vídeo divulgado por sua assessoria, Crivella disse que, na semana passada, colocou seus sigilos bancário, telefônico e fiscal à disposição do MP. "Portanto, foi estranha a operação realizada hoje (ontem) na minha casa, considerando ainda que estamos em período eleitoral?, afirmou. O prefeito afirmou considerar a ação injusta.

De acordo com o jornal O Globo, Crivella negou-se a dar a senha do seu celular aos investigadores. Ele argumentou que o código também é utilizado em outros dispositivos.

Eleições

A operação que atingiu Crivella embaralha ainda mais o cenário para a disputa de novembro no Rio. Essa nova investida do MP pode custar ao prefeito a aproximação que vinha costurando com o PSL, legenda também cobiçada por Paes.

Logo após a operação, ainda pela manhã, Crivella foi a uma formatura na Marinha, onde esteve com Jair Bolsonaro. Embora não deve apoiar abertamente nenhum candidato, o presidente tem feito acenos a Crivella, que é do mesmo partido que o senador Flávio Bolsonaro (RJ) e o vereador Carlos Bolsonaro (RJ).

Com informações dos jornais Estadão e O GLOBO



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