André Brandão toma posse no Banco do Brasil até o fim de setembro
por: Nathalia Bignon
Após a saída repentina de Rubens Novaes, é grande a expectativa sobre o rumo da atuação do novo presidente do Banco do Brasil. Segundo informações divulgada no último sábado (5) pelo jornalista Vicente Nunes, do Correio Braziliense, a previsão é que André Guilherme Brandão tome posse do cargo na segunda quinzena de setembro.
Embora já tenha aceitado o convite, ele continua nos Estados Unidos, onde vive, por causa da burocracia para se desvencilhar de seu cargo do HSBC e para cumprir todas as regras exigidas pelo governo norte-americano para a repatriação dele para o Brasil.
Ele esperava chegar ao Brasil no fim de agosto, uma vez que todo o processo para a sua posse na presidência do BB está andando de forma acelerada. Agora, no entanto, a previsão é de que chegue ao país por volta de 15 de setembro.
Mesmo de longe, no entanto, Brandão já vem tomando ciência de tudo o que acontece no BB, de projetos que estão sendo tocados e de estratégias que vêm sendo adotadas para melhorar os resultados da instituição.
Entre os empregados do BB, a ansiedade também é grande. Todos se perguntam que linha Brandão seguirá no comando do banco. A tendência é de que ele seja muito mais agressivo do que o presidente demissionário.
Brandão tomará posse às vésperas de mudanças importantes para o mercado financeiro, como a implantação do PIX, sistema de pagamento e de transferência de recursos 24 horas por dia.
Todos os bancos estão correndo para não serem surpreendidos pela concorrência. Nas instituições privadas, a ordem é usar todas as armas disponíveis para garantir uma parcela do mercado.
Perfil de André Brandão
André Brandão era do HSBC, onde estava desde 2003, como chefe global da instituição para as Américas. Desde que vendeu o banco de varejo para o Bradesco, em 2016, o HSBC atua no Brasil apenas como banco de investimento. Antes disso, Brandão permaneceu mais de dez anos no Citibank (outra instituição que, recentemente, saiu do segmento de varejo no País, ao ser adquirida pelo Itaú Unibanco).
Com grande experiência no mercado financeiro, sem posições ou vínculos políticos aparentes, além de indicações de não parecer ser uma pessoa que cede fácil à pressão e possuir elevado nível ético, o nome de Brandão foi bem recebido pelo mercado. Contudo, investidores seguem atentos aos grandes desafios que o novo executivo terá que enfrentar.
A escolha do novo CEO do BB também foi considerada uma vitória pela ala "pragmática? do governo, responsável pela indicação de André Brandão. Novaes pediu demissão em meio a um desgaste e também por causa da pressão de dirigir o banco.
Apesar de ser um nome com o aval do ministro da Economia, Paulo Guedes, Novaes era também ligado ao "guru? Olavo de Carvalho, que tem criado polêmicas e atrapalhado a pauta do governo no Congresso. Além disso, o desempenho do BB na área de crédito também seria insatisfatória. Em meio à pressão, ele avisou o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia que estava de saída no dia 24 de agosto.
Com informações do Correio Braziliense e Estadão
0 Comentário:
Nome: | Em: | |
Mensagem: |