Brasil não tem nenhuma universidade entre as 200 melhores, aponta ranking mundial

Nenhuma universidade brasileira alcançou colocação entre as primeiras 200 melhores instituições de ensino na avaliação de um dos principais rankings de avaliação universitária do mundo, o Times Higher Education. Divulgado nesta quarta-feira (2), o resultado aponta que a maior parte das universidades do país está abaixo do grupo das mil selecionadas.

Melhor colocada do país na lista há pelo menos nove anos, a Universidade de São Paulo (USP), no entanto, subiu da posição 251-300, registrada em 2019, para a de 201-250 (a partir de 200, a colocação é feita em grupos). A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que aparece em seguida, passou da faixa 501-600 para a de 401-500.

Universidades brasileiras

Outras 44 instituições brasileiras que figuram na listagem, no entanto, estacionaram e mantiveram a mesma posição da edição anterior. Além de melhoras na classificação da USP e da Unicamp, as únicas mudanças aconteceram pela entrada de seis instituições na lista de 2020.

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Entre as estreantes, apenas a Universidade Federal de Sergipe (UFS) foi incluída entre as 10 melhores do Brasil. As outras cinco ? Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Federal do Maranhão (UFMA), Federal da Paraíba (UFPB), Federal do Piauí (UFPI) e Federal de Uberlândia (UFU) ? alçaram colocação entre as 1.001+.

Com 52 instituições na listagem, o Brasil é o 6º país mais representado, ficando à frente de países como Itália e Espanha. Os países europeus, porém, emplacam classificações mais altas. Melhor instituição espanhola, a Universidade Pompeu Fabra aparece em 152º lugar. Já a italiana mais bem colocada é a Universidade de Bolonha, na 167ª posição.

Entre as brasileiras listadas, 35 são federais, 11 são estaduais e 6, particulares. Em julho deste ano, uma publicação específica do THE para a América Latina colocou a Pontifícia Universidade Católica do Chile (PUC-Chile) à frente da USP e da Unicamp.

Edição 2020

Este ano, a publicação britânica ampliou a lista de instituições e avaliou 1.527 universidades de 93 países e regiões de todo o mundo. Na edição passada, eram 1.396 instituições de 92 países. Os critérios avaliados incluem ensino, pesquisa, citações, visão internacional e transferência de conhecimento para a indústria como indicadores de desempenho.

No ranking mundial, a instituição chilena aparece atrás das paulistas, na faixa 501-600. Isso acontece porque as análises levam em consideração pesos diferentes para os mesmos critérios, de acordo com o que a publicação acredita ser mais relevante para a regionalidade.

EUA x Reino Unido

Os Estados Unidos dominam a lista das 10 melhores do mundo, mas ficam fora do topo. Assim como na edição passada, o ranking é liderado pela Universidade de Oxford, do Reino Unido. Entre as oito instituições americanas que aparecem no top 10 estão a Universidade Stanford (2º), Universidade Harvard (3º) e o Instituto de Tecnologia da Califórnia (4º).

No que diz respeito às 200 melhores, a maior representação é dos Estados Unidos (59), seguido pelo Reino Unido (29) e Alemanha (21). Pela primeira vez desde que o THE adotou sua metodologia atual para este ranking, em 2011, uma instituição asiática aparece no top 20.

Avanço da China

A Universidade Tsinghua, da China, fica no 20º posto desta edição do ranking.

O país, que na edição anterior ocupava três postos no top 100 do ranking, agora ocupa seis. Além da Universidade Tsinghua, aparecem entre as 100 melhores a Universidade Peking (23º), a Universidade Fudan (70º), a Universidade de Ciência e Tecnologia da China (87º), a Universidade Zhejiang (94º) e a Universidade Shanghai Jiao Tong (100ª).

No total, 16 asiáticas estão no top 100 do ranking ? o maior número de instituições da região desde o início da listagem.

Nesta edição, o THE não disponibilizou um relatório de análise específica sobre o Brasil ou a América Latina.

Com informações do UOL