Instituto Pensar - Na porta de hospitais do Rio, ?Guardiões de Crivella? impedem denúncias

Na porta de hospitais do Rio, ?Guardiões de Crivella? impedem denúncias

por: Igor Tarcízio 


De acordo com a reportagem, o grupo tem uma escala rígida de horários ? chegam às unidades de madrugada e mandam selfies para registrar onde estão (Imagem: Reprodução)

Uma reportagem da TV Globo expôs nesta terça-feira (1º) um esquema da prefeitura do Rio de Janeiro para evitar que a população denuncie problemas na área da Saúde. Um grupo no WhatsApp chamado "Guardiões do Crivella", composto por funcionários da prefeitura, faz plantões na porta dos hospitais municipais para impedir a comunicação entre imprensa e pacientes.

Um dos participantes informou à TV Globo que o próprio prefeito Marcelo Crivella (Republicanos) está no grupo e parabeniza a ação dos funcionários.

De acordo com a reportagem, o grupo tem uma escala rígida de horários ? chegam às unidades de madrugada e mandam selfies para registrar onde estão.

Na quinta-feira (27), o grupo responsável por "guardar? o Hospital Rocha Faria, na Zona Oeste, se atrasou, e o repórter Ben-Hur Correia conversou com os pacientes do local sobre a demora no atendimento, que no dia chegou a até cinco horas. No grupo, houve repreensão.

"Quem está no Rocha? Gente, muito triste, não derrubamos a matéria (?) Não pode haver falta, nem atraso. Falhamos no Rocha Faria. Inaceitável?, escreveu um membro do grupo identificado como ML.

"Fala isso não, meu querido?

Na manhã desta terça-feira (1º), no Hospital Salgado Filho, no Méier, o repórter Paulo Renato Soares entrevistava uma pessoa quando um dos participantes do grupo interveio. "Fala isso não, meu querido?.

O entrevistado questionou. "Como, perdi um dedo, não posso falar??

Questionado pelo repórter, o funcionário público afirmou. "O hospital está tudo certinho, meu querido. O prefeito está trabalhando correto e bem?.

À TV Globo, a prefeitura diz que "reforçou o atendimento em unidades de saúde municipais no sentido de melhor informar à população e evitar riscos à saúde pública, como, por exemplo, quando uma parte da imprensa veiculou que um hospital (no caso, o Albert Schweitzer) estava fechado, mas a unidade estava aberta para atendimento a quem precisava.

A Prefeitura destaca que uma falsa informação pode levar pessoas necessitadas a não buscarem o tratamento onde ele é oferecido, causando riscos à saúde?.

Com informações do UOL



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