Amazônia: Desmate em unidades de conservação cresce 40%
por: Eduardo Pinheiro
Segundo dados do sistema Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), áreas protegidas da Amazônia perderam 1.008 km² entre agosto de 2019 e julho deste ano, alta de 40% em relação aos 12 meses anteriores. Analise feita pela organização WWF-Brasil apontam que o avanço do desmatamento nas unidades de conservação foi ainda pior que na floresta como um todo.
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Os alertas para a Amazônia Legal como um todo foram de 9.215 km², 34,5% superiores aos observados entre agosto de 2019 e julho de 2020. A devastação nas unidades de conservação (UCS) representou 11% do total e, pela segunda vez consecutiva em dez anos, superou a marca de 1.000 km².
Pelo levantamento do WWF, 86% da derrubada de florestas protegidas se concentrou em dez unidades. A Área de Proteção Ambiental (APA) Triunfo do Xingu, no Pará, lidera, com 406 km² devastados, seguida pela Floresta Nacional do Jamanxim, também no Pará, e pela Reserva Extrativista Jaci-paraná (RO), ambas com perda de 108 km².
"(Esse) desmatamento não é decorrente de atividades lícitas de manejo florestal ou de abertura de áreas agrícolas por comunidades locais. São derivadas de intensos processos de invasão e grilagem por grupos organizados, turbinados pela expectativa de regularização anunciada pelo governo federal, que chegou a enviar ao Congresso Nacional a MP 910 (apelidada de MP da grilagem)?, aponta a nota do WWF.
Após o desmatamento em áreas indígenas ter dobrado no ano passado, neste ano o ritmo se manteve quase estável, com avanço de 6%. Ações do Ibama em algumas TIS, como ItunaItatá (PA), conseguiram evitar nova alta, mas não reverteram a tendência, pois o índice de devastação continua elevado.
Com informações do Estadão
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