Castro se aproxima da família Bolsonaro, enquanto Witzel recorre ao STF
por: Eduardo Pinheiro
Três dias após o afastamento de Wilson Witzel (PSC), o governador em exercício do Rio, Cláudio Castro (PSC), afirmou ter conversado com o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ). A aproximação é desejada pelo Planalto, que quer ter influência no Palácio Guanabara, e necessita de ter controle político no Rio, que depende da União para assuntos como o Regime de Recuperação Fiscal.
Até dezembro, o governador terá de escolher o novo chefe do Ministério Público estadual, o que explica do interesse do clã Bolsonaro. A escolha pode influenciar, por exemplo, o andamento da investigação do esquema de "rachadinha? no antigo gabinete de Flávio.
Em nota, Flávio afirmou que o governador afastado "estava se recusando a reconhecer que o Rio não fez o dever de casa?. "Parece que o Cláudio vai adotar outra postura, mais humilde, realista e colaborativa?, disse. O diálogo entre Witzel e o presidente Jair Bolsonaro cessaram após tensão referente as eleições presidenciais em 2022.
Rachadinha
Estancar as investigações sobre a "rachadinha? não atenderia apenas a família Bolsonaro. No relatório inicial do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), 22 deputados estaduais tiveram movimentações atípicas identificadas e encaminhadas ao MP. O próprio Castro foi alvo de mandado de busca e apreensão na última sexta-feira (28), mesmo dia em que Witzel foi afastado do governo.
Nessa segunda-feira (31), em entrevista à rede de TV CNN, Witzel disse que Castro está "fazendo o papel dele? ao tentar se aproximar do Planalto. Além disso, afirmou que não tinha a intenção de disputar a Presidência em 2022. "Meu objetivo era seguir junto e formarmos uma nova liderança política no País?, disse.
Segundo Witzel, até dois secretários foram inclusive nomeados por indicação de Flávio. O senador retrucou, pelo Twitter, atacando o governador afastado.
Witzel recorre ao STF
A defesa de Witzel entrou com recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar reverter a decisão do ministro Benedito Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O pedido, apresentado no sábado (29), foi distribuído na segunda-feira (31) ao presidente do Supremo, ministro Dias Toffoli, que pediu manifestação da Procuradoria-geral da República (PGR).
Com informações do Estadão
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