Marta Suplicy e FHC defendem frente anti-Bolsonaro em São Paulo
por: Eduardo Pinheiro
A cinco dias das convenções partidárias, em uma transmissão ao vivo realizada nesta quarta-feira (26) pelo Facebook, Marta Suplicy (SD) e Fernando Henrique Cardoso (PSDB) defenderam a criação de uma frente ampla para barrar candidatos que tenham ligação com o presidente Jair Bolsonaro.
Segundo reportagem do Estadão, a ex-prefeita de São Paulo defendeu que essa articulação pluripartidária comece já na eleição municipal e tenha como meta definir um nome de oposição para o Palácio do Planalto em 2022.
"Devemos começar em São Paulo um movimento de frente ampla com forças políticas que são contra o desmonte autoritário e aponte para 2022. Temos que começar agora essa conversa. Não será na véspera de 2022 que vamos ter um programa de governo que nos una?, disse Marta.
O ex-presidente respondeu que ainda é cedo para "fulanizar? na Presidência, mas concordou que é preciso união. "Sou favorável a somar forças?, afirmou o tucano.
Alianças
O Republicanos adiou a oficialização do pré-candidato Celso Russomanno para que defina qual vai ser seu papel na disputa: se vai encabeçar uma chapa, desistir de concorrer ou mesmo ser vice do prefeito Bruno Covas ou do ex-governador Márcio França (PSB). Marta também negocia ser vice do candidato tucano.
No entanto, enquanto Covas e o PSDB tentam se afastar do bolsonarismo, França sofre criticas por aliados do PDT depois que acompanhou o presidente Jair Bolsonaro em uma visita a São Vicente.
Durante live, Marta e FCH citaram também uma reportagem do jornal O Globo sobre Bolsonaro sinalizar que pode fazer campanha no segundo turno para Márcio França. "Acho um erro dele (França)?, disse o ex-presidente.
Apesar de ser do PSB, o ex-governador tem feito gestos de aproximação a Bolsonaro visando atrair os eleitores bolsonaristas anti-doria. Questionado sobre a possibilidade de alinhamento com o presidente, França afirmou que seus opositores tentam criar circunstâncias constrangedoras.
"O Bolsonaro não vota para prefeito de São Paulo e já disse que não se envolverá na campanha?, disse França ao Estadão. "Agora, é natural que as pessoas que gostam do Bolsonaro escolham os seus candidatos. Por exemplo, os policiais militares e civis em São Paulo. É difícil você fazer eles votarem no 45 (número de urna do PSDB), porque eles associam isso ao Doria, que passou a ser adversário?, acrescentou.
Pesquisa
Na última pesquisa Ibope para a Prefeitura de São Paulo, divulgada em 22 de março, antes do agravamento da pandemia do novo coronavírus, Russomanno tinha 24% das intenções de voto. Covas aparecia em segundo, com 18%, seguido por Guilherme Boulos (PSOL), com 9%, e França, com 6%.
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