?Naturalizam falcatruas?: deputado critica tolerância com crimes de Bolsonaro
por: Nathalia Bignon
Vice-líder do PCdoB na Câmara dos Deputados, o deputado federal Márcio Jerry (MA) criticou nessa quarta-feira (26) a condescendência do Congresso e demais autoridades do país com o que chamou de ?malfeitos? da família Bolsonaro.
Ao todo, 1.457 pessoas e organizações assinaram pedidos de impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) até meados de agosto, de acordo com a Agência de Jornalismo Investigativo Pública. Dos 50 pedidos enviados ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), apenas um foi arquivado até o momento. No total, incluindo aditamentos e pedidos rejeitados e retirados pelos autores, o número chega a 53.
"Os malfeitos da família Bolsonaro de há muito já teriam feito ruir seu desastrado mandato de presidente. Tempos estranhos esses que vivemos. Há setores, com participação de ?pessoas de bem? , que cínica e cumplicemente naturalizam falcatruas, crimes, gravíssimas suspeitas?, afirmou o congressista maranhense.
Nesta quarta, o procurador-geral da República, Augusto Aras, afirmou que o Supremo Tribunal Federal (STF) não pode determinar um prazo específico para que Maia examine os pedidos contra o presidente em razão da condução da pandemia.
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O parecer foi enviado à Corte no âmbito de um mandado de segurança (MS) em que dois advogados alegam haver "comportamento omissivo? de Maia quanto ao processos. Neles, Bolsonaro é acusado de crime de responsabilidade por incentivar aglomerações e contrariar diretrizes das autoridades sanitárias.
Até o momento, além de processos ligados ao descaso com a crise sanitária, a lista de crimes envolvendo o presidente inclui incentivo e participação de manifestações golpistas; tentativa de interferência na Polícia Federal em proveito próprio; falsidade ideológica; divulgação de notícias falsas; atentado à liberdade de expressão e imprensa; e falta de decoro.
Além destes, sobre a família pesam acusações de prática de rachadinha ? quando funcionários do gabinete devolvem parte dos salários para políticos; de uso de funcionários fantasmas; de disseminação de fake news; de quebra de decoro parlamentar; e de ligação com suspeitos do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
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