Instituto Pensar - Alexandre de Moraes nega pedido de extremista para anular provas da CPMI das Fake News

Alexandre de Moraes nega pedido de extremista para anular provas da CPMI das Fake News

por: Nathalia Bignon 


Foto: Joédson Alves/EFE

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou um pedido apresentado pela defesa da extremista Sara Giromini para declarar falsas e anular todas as provas colhidas na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Fake News. Em um despacho proferido na última sexta (21), o ministro considerou que não foram reunidos ‘indícios mínimos de inautenticidade’ dos documentos.

“O pedido não comporta acolhimento. Na presente hipótese, a requerente não apresentou indícios mínimos da inautenticidade dos documentos trazidos aos autos de forma a caracterizar a alegada falsidade. Flagrante a ausência de justa causa, a consequência é o indeferimento do pedido com imediato arquivamento da representação”, escreveu Moraes na justificativa.

Provas na CPMI

Os advogados da militante bolsonarista tentavam anular provas colhidas pela CPMI que, segundo a defesa, também embasam parte dos inquéritos sobre a disseminação de notícias falsas e a organização de atos antidemocráticos contra Sara no STF.

A defesa alegava que os documentos e provas apresentados pelos deputados Alexandre Frota (PSDB-SP), Joice Hasselmann (PSL-SP) e Nereu Crispim (PSL-RS) são falsos e teriam sido repassados pelo empresário Carlos Augusto de Moraes Afonso, conhecido como ‘Luciano Ayan’, que foi denunciado e preso por suspeita de lavagem de dinheiro envolvendo o Movimento Brasil Livre (MBL) no mês passado. Não são informadas, contudo, quais seriam as provas ‘contaminadas’ e quais informações Ayan teria repassado à comissão.

“‘Luciano Ayan’, ‘guru’ e fonte inesgotável de informações à CPMI e STF, através de dois deputados federais já citados acima, é acusado pelo MP de São Paulo de disseminar ‘fake news’, associação criminosa, sonegação de tributos, ocultação de patrimônio e lavagem de dinheiro”, afirmaram os advogados que pediam, além da declaração de nulidade das provas, a exclusão da extremista dos inquéritos e seu arquivamento.

Em razão das investigações, Sara chegou a ficar presa temporariamente e agora é monitorada por tornozeleira eletrônica.

Com informações do Estadão



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