Instituto Pensar - Alvo do governo Bolsonaro, Farmácia Popular atende mais de 20 milhões por ano

Alvo do governo Bolsonaro, Farmácia Popular atende mais de 20 milhões por ano

por: Eduardo Pinheiro 


O ministro Paulo Guedes avalia extinguir a Farmácia Popular. O objetivo seria alcançar um benefício médio de R$ 247 mensais ao Renda Brasil, Foto: Reprodução.

Considerada "ineficiente” pelo ministro Paulo Guedes, a Farmácia Popular atendeu 21,3 milhões de pacientes em 2019. O programa, realizado em farmácias credenciadas pelo governo federal, oferece medicamentos gratuitos ou com descontos de até 90%.

De acordo com reportagem do Estadão, o ministro da Economia avalia extinguir a Farmácia Popular. O objetivo seria alcançar um benefício médio de R$ 247 mensais ao Renda Brasil, programa que deve substituir o Bolsa Família.

Para Guedes, o benefício é ineficiente na área econômica por contemplar todas as pessoas, independentemente da renda. Já o presidente executivo da Associação Brasileira das Redes de Farmácias e Drogaria (Abrafarma), Sérgio Mena argumenta que a solução seria o programa passar por ajustes, como distribuir medicamentos apenas a pacientes que tiveram consultas no SUS, mas que não deve ser eliminado.

Menos internações

Segundo dados de fevereiro do Plano Nacional de Saúde, documento que orienta ações do ministério até 2023, estão credenciadas no programa 31 mil farmácias, em 3.492 municípios (79% do total). Os produtos, que tratam hipertensão, diabetes, asma, doença de Parkinson, glaucoma, entre outras doenças, reduzem as internações hospitalares, afirma o documento.

A presidente da Progenéricos, Telma Salles afirma ainda que a Farmácia é "essencial” para reduzir gastos da União com a saúde, pois controla especialmente doenças crônicas.

Conselheira nacional de saúde e representante da Federação Nacional dos Farmacêuticos (Fenafar), Debora Melecchi afirma que o fim do programa pode trazer despesa à população mais pobre, já atingida pela pandemia da Covid-19. "A saúde tem de ser vista como um investimento, não como um custo ao governo”, afirmou.

Em 2020, a Abrafarma calcula aumento de 17% nas vendas de medicamentos dentro da Farmácia Popular. "Isso é sinal de pobreza, de que tem mais gente precisando buscar o remédio pelo programa”, afirma o presidente da instituição.

Com informações do jornal Estadão



0 Comentário:


Nome: Em:
Mensagem: