'Vê se aprende, Bolsonaro': diz deputado a Bolsonaro após Dino apresentar programa de empregos
Vice-líder do PCdoB, o deputado federal Márcio Jerry (MA) usou as redes sociais nesta quinta-feira (20) para alfinetar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) após o Governador do Estado do Maranhão, Flávio Dino, lançar o Plano Emergencial de Empregos.
Oficializado nesta quinta, o projeto batizado com o nome do economista Celso Furtado prevê investimentos em obras e compras públicas na ordem de R$ 558 milhões e medidas fiscais para contenção da crise econômica agravada pela pandemia do novo coronavírus.
"Governo do Maranhão dando aula pro Governo Federal sobre o que fazer em tempos de grave crise econômica e social agravada com a pandemia. Exemplo disso é o plano emergencial que o governador Flávio Dino apresentou nesta quinta investindo mais de 300 milhões. Vê se aprende, Jair Bolsonaro, cutucou o congressista.
Obras e investimentos públicos
No evento, transmitido ao vivo pela redes do governo do estado, Dino informou que a iniciativa será executada de agosto a dezembro e contará com a realização de obras na educação, saúde e infraestrutura, assim como ofertas de serviços e fomento setorial.
A proposta também contará com a nova fase do programa Cheque Minha Casa, incentivo à agricultura familiar e à economia solidária, assim como fomento à cultura e esporte, modernização do sistema de segurança pública e proteção ao meio ambiente.
Dino e a ironia de Bolsonaro
Em julho, Dino havia encaminhado uma proposta ao presidente sugerindo uma reunião com governadores, confederações empresariais e centrais sindicais para a construção de um "Pacto Nacional Pelo Emprego. A proposta, no entanto, foi recebida com ironia pelo mandatário.
A meta de Flávio Dino é promover a manutenção de empregos no mesmo patamar registrado entre agosto e dezembro de 2019, quando o Maranhão atingiu as 62.927 admissões.
Desemprego em alta
A última pesquisa Pnad Covid-19, divulgada no dia 14 de agosto pelo IBGE, apontou que pelo menos três milhões de pessoas ficaram sem trabalho devido à pandemia no país. A taxa de desocupação no Brasil chegou a 13,7% na quarta semana de julho, atingindo 12,9 milhões de pessoas.
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