Instituto Pensar - Após aumento de mortes, DF quer mudar divulgação de números da Covid-19

Após aumento de mortes, DF quer mudar divulgação de números da Covid-19

por: Eduardo Pinheiro 


Foto: Breno Esaki/Agência Saúde

Durante entrevista com os secretários Gustavo Rocha (Casa Civil), Leandro Cruz (Educação), José Humberto Pires (Governo), Francisco Araújo, o secretário de Saúde anunciou que vai promover uma mudança na divulgação dos óbitos por Covid-19 no Distrito Federal.

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Criticando a cobertura de imprensa, Araújo pretende adotar a metodologia que o Ministério da Saúde optou em julho, mas foi criticado e recuou. O secretário disse que o boletim diário da Covid-19 vai apresentar só o número de óbitos ocorridos naquele determinado dia, e não mais segundo a data de notificação da morte.

"Nós precisamos levar em consideração que todas as vezes em que esse número [de mortos] é divulgado no boletim precisa ser visto o óbito do dia, nas últimas 24 horas. O que é divulgado amplamente é o somatório. O óbito acontece nos cinco dias passados, e só conseguimos computar dias depois”, disse. "Nós vamos fugir dessa metodologia que o país inteiro está usando, porque ela não está funcionando”, afirmou Araújo.

Para justificar a decisão, o titular da Saúde deu como exemplo os dados divulgados na segunda (17), quando o boletim apontou total de 66 mortes – considerando a data de notificação – quando na realidade só um óbito ocorreu efetivamente naquele dia.

Aceleração da Covid-19

Nos últimos meses, o DF enfrenta uma piora nos números da pandemia da Covid-19. De acordo com boletim do Ministério da Saúde, divulgado na noite de terça-feira (18), havia um total de 140.170 casos confirmados da doença e 12.097 mortes.

A capital federal chegou a ser uma das unidades da federação que o Ministério da Saúde considerou como em fase de "transição para aceleração descontrolada” da infecção.

Por causa da alta de Covid, o governador Ibaneis Rocha (MDB) recuou e decidiu suspender a volta às aulas na rede pública por tempo indeterminado. Os secretários do governo do Distrito Federal também não descartaram um novo fechamento do comércio.

Com informações da Folha de S. Paulo



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