Após derrota no Senado, Guedes tenta barrar reajuste a servidores na Câmara
por: Eduardo Pinheiro
Apesar dos esforços do governo, o Senado decidiu nessa quarta-feira (19) derrubar o veto do presidente Jair Bolsonaro que impediu a concessão de reajustes a servidores públicos durante a pandemia da Covid-19. O ministro da Economia, Paulo Guedes, classificou a decisão como "um crime contra o país.
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Agora caberá à Câmara decidir sobre o tema. A equipe do ministro já acionou interlocutores do governo no Congresso para tentar garantir o congelamento salarial de servidores públicos até o fim do próximo ano.
Guedes foi pego de surpresa com derrota no Senado, pois o veto tinha sido acordado com governadores e prefeitos. O acordo com o governo foi necessário para a realização do pacote de socorro de R$ 60 bilhões a estados e municípios, cujos cofres foram abalados pela pandemia.
Após reunião com Rogério Marinho, ministro do Desenvolvimento Regional, Paulo Guedes comentou sobre a votação. "Pegar dinheiro de saúde e permitir que se transforme em aumento de salário para o funcionalismo é um crime contra o país, afirmou o ministro.
Afirmando que a decisão dos senadores pode ocasionar perda de até R$ 120 bilhões, Guedes finalizou: "É um desastre, é preocupante porque o Senado é a casa da República. É onde os representantes têm que defender a República. É um péssimo sinal.
O novo líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), inicia seu trabalho para o governo federal tendo que enfrentar essa grande responsabilidade. Barros precisa convencer a maioria dos deputados a manter o veto, ou seja, impedir reajustes salariais às categorias listadas, como médicos e professores.
Com informações da Folha de S. Paulo
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