Instituto Pensar - Projeto banca inscrições no Enem e quer auxiliar jovens com estudos

Projeto banca inscrições no Enem e quer auxiliar jovens com estudos

por: Mônica Oliveira 


O Enem tem previsão de realização entre janeiro e fevereiro de 2021

Não é novidade que a situações de desigualdades sociais, mais visíveis com a pandemia, fez surgir uma série de movimentos solidários como os de apoio a estudantes carentes para participarem do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Uma dessas iniciativas pró-Enem, o Movimento Amplia, liderado pelo professor de inglês Cristiano Ferraz, de 26 anos, conseguiu padrinhos para custear a inscrição de 120 jovens negros e indígenas no exame. Porém, o objetivo de agora é garantir também conectividade aos atendidos.

Pensando em repetir o êxito da primeira ação, Ferraz criou a campanha Siga Firme, que visa atender necessidades básicas como, acesso a internet, a plataformas de ensino, dispositivos digitais, alimentação e transporte.

A campanha Siga Firme aceita doações até hoje (18). Para ajudar, acesse aqui.

O projeto de subsidiar inscrições para exame começou por meio da rede de amigos do professor, mas acabou se transformando em um movimento que recebeu 54 mil apoiadores em 7 dia.

"Enfrentamos muitas dificuldades, pois conseguimos muitos colaboradores e poucos alunos. É muito difícil chegar nesses vestibulandos. Eles têm dificuldade de acesso a internet e não estão inseridos nas bolhas, onde esse tipo de campanha viraliza”, explica Cristiano, que pretende alcançar o mesmo sucesso com o Siga Firme.

Enem, a primeira barreira





A iniciativa funciona da seguinte forma: os 120 contemplados pela ação recebem uma bolsa no valor de R$ 300, que pode ser utilizado da forma como preferirem. Para quem quiser colaborar, basta entrar na plataforma apoie-se e doar . Há opções de cupons que variam entre R$ 30 e R$ 300.

"O financiamento está perto de atingir R$ 70 mil reais. A inscrição do Enem é só a primeira barreira que eles vão enfrentar. Precisamos mantê-los nesse período. Trezentos reais é um valor simbólico, não vai suprir todas as necessidades, mas é uma ajuda, o começo” diz Ferraz.

A campanha conta com uma segunda frente de apoio, destinada a organizações parceiras do Amplia. Nós queremos transferir recursos e apoiar seus projetos. Todas trabalham com educação e questões de raça. Essas instituições são importantíssimas, somam conosco e dialogam com a visão de mundo que temos , disse ele. Uma das entidades parceiras é a Rede Emancipa, conhecida pelos cursinhos populares.

Atualmente, o Movimento Amplia, contempla estudantes de 20 estados brasileiros – 86% deles estão na faixa etária de 15 e 30 anos, 93% são pretos e pardos e a maioria dos inscritos são mulheres, cerca de 77%.

Os organizadores, olham com sucesso para a arrecadação de R$ 70 mil, coletada em um mês, mas ainda buscam valores mais altos.

Com informações do UOL



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