Projeto banca inscrições no Enem e quer auxiliar jovens com estudos
por: Mônica Oliveira
Não é novidade que a situações de desigualdades sociais, mais visíveis com a pandemia, fez surgir uma série de movimentos solidários como os de apoio a estudantes carentes para participarem do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Uma dessas iniciativas pró-Enem, o Movimento Amplia, liderado pelo professor de inglês Cristiano Ferraz, de 26 anos, conseguiu padrinhos para custear a inscrição de 120 jovens negros e indígenas no exame. Porém, o objetivo de agora é garantir também conectividade aos atendidos.
Pensando em repetir o êxito da primeira ação, Ferraz criou a campanha Siga Firme, que visa atender necessidades básicas como, acesso a internet, a plataformas de ensino, dispositivos digitais, alimentação e transporte.
A campanha Siga Firme aceita doações até hoje (18). Para ajudar, acesse aqui.
O projeto de subsidiar inscrições para exame começou por meio da rede de amigos do professor, mas acabou se transformando em um movimento que recebeu 54 mil apoiadores em 7 dia.
"Enfrentamos muitas dificuldades, pois conseguimos muitos colaboradores e poucos alunos. É muito difícil chegar nesses vestibulandos. Eles têm dificuldade de acesso a internet e não estão inseridos nas bolhas, onde esse tipo de campanha viraliza, explica Cristiano, que pretende alcançar o mesmo sucesso com o Siga Firme.
Enem, a primeira barreira
"O financiamento está perto de atingir R$ 70 mil reais. A inscrição do Enem é só a primeira barreira que eles vão enfrentar. Precisamos mantê-los nesse período. Trezentos reais é um valor simbólico, não vai suprir todas as necessidades, mas é uma ajuda, o começo diz Ferraz.
A campanha conta com uma segunda frente de apoio, destinada a organizações parceiras do Amplia. Nós queremos transferir recursos e apoiar seus projetos. Todas trabalham com educação e questões de raça. Essas instituições são importantíssimas, somam conosco e dialogam com a visão de mundo que temos , disse ele. Uma das entidades parceiras é a Rede Emancipa, conhecida pelos cursinhos populares.
Atualmente, o Movimento Amplia, contempla estudantes de 20 estados brasileiros 86% deles estão na faixa etária de 15 e 30 anos, 93% são pretos e pardos e a maioria dos inscritos são mulheres, cerca de 77%.
Os organizadores, olham com sucesso para a arrecadação de R$ 70 mil, coletada em um mês, mas ainda buscam valores mais altos.
Com informações do UOL
0 Comentário:
Nome: | Em: | |
Mensagem: |