Defesa terá mais verbas do que a Educação em 2021
por: Eduardo Pinheiro
Proposta de governo Jair Bolsonaro destina R$ 5,8 bilhões a mais do Orçamento de 2021 para despesas com militares do que para a educação do País, segundo o Estadão. Nas mãos do ministro da Economia, Paulo Guedes, a divisão dos recursos deve ser encaminhada até o fim deste mês ao Congresso. Caso confirmada, será a primeira vez em dez anos que o Ministério da Defesa terá um valor superior ao da pasta da Educação.
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Entre as justificativas para a postura adotada pelo presidente, estaria a pressão do eleitorado militar. Em transmissão online na última quinta-feira (13), Bolsonaro admitiu sofrer pressão para aumentar os recursos destinados às Forças Armadas, mas reclamou que "o cobertor está curto.
"Alguns chegam: "Pô, você é militar e esse ministério aí vai ser tratado dessa maneira? Aí tem de explicar. Para aumentar para o Fernando (Azevedo e Silva, ministro da Defesa) tem de tirar de outro lugar. A ideia de furar o teto (de gastos) existe, o pessoal debate, qual o problema?, disse o presidente, em referência à regra que limita aumentar despesas acima da inflação.
Segundo o jornal, a Defesa terá um acréscimo de 48,8% em relação ao orçamento deste ano, passando de R$ 73 bilhões para R$ 108,56 bilhões em 2021. Enquanto isso, a verba do Ministério da Educação (MEC) deve cair de R$ 103,1 bilhões para R$ 102,9 bilhões. Previsão considera todos os gastos das duas pastas.
Ajustes no Orçamento
Após previsão ter sido enviada aos ministérios, o MEC pediu por mais recursos que foram avaliados na quinta-feira passada (13) pela Junta de Execução Orçamentária, composta por Guedes, o ministro da Casa Civil, Walter Braga Netto, e técnicos do governo.
Sofrendo críticas pelos cortes desde o mandato do ex-ministro Abraham Weintraub, o grupo aceitou elevar em R$ 896,5 milhões a verba da Educação. O Ministério da Defesa também recebeu aumento de R$ 768,3 milhões para as despesas discricionárias previstas para a pasta.
Além disso, o governo ainda concedeu a "blindagem ao orçamento da Defesa, excluindo a pasta de possíveis tesouradas. Na Educação não há essa restrição, o que gerou, no ano passado, contingenciamentos com bolsistas da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
Com informações do Estadão
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