Instituto Pensar - Flávio Bolsonaro diz não lembrar de ter pago apartamentos em dinheiro vivo

Flávio Bolsonaro diz não lembrar de ter pago apartamentos em dinheiro vivo

por: Eduardo Pinheiro 


O senador Flávio Bolsonaro. Foto: Roque de Sá/Agência Senado

Segundo reportagem do jornal O GLOBO, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) afirmou não lembrar de pagamentos em dinheiro vivo no depoimento sobre "rachadinha”. De acordo com as investigações do Ministério Público do Rio (MP-RJ), Flávio teria pagado em espécie a aquisição de dois apartamentos em Copacabana, em 2012. 

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A investigação revelou ainda que, no mesmo dia em que a compra foi registrada em cartório, por R$ 310 mil, o vendedor dos imóveis efetuou um depósito de R$ 638 mil em dinheiro vivo em um banco que fica a uma rua do cartório onde foi lavrada a escritura. Para os procuradores, a venda foi registrada abaixo dos valores negociados, e o pagamento em espécie foi feito no momento da escritura e com dinheiro oriundo do esquema das rachadinhas.

O vendedor dos imóveis era o americano Glenn Dillard, que negociou em nome dos proprietários, o engenheiro Charles Eldering e o médico Paul Maitino.

Questionado pelo MP sobre os pagamentos em dinheiro vivo envolvendo a aquisição, Flávio respondeu:

"Que eu me recorde, não”, afirmou, referindo-se aos apartamento em Copacabana. "Se eu não me engano, foi por transferência bancária esse sinal. Cheques. E, no dia, eu paguei as duas salas junto com a minha esposa no próprio cartório”.

Flávio foi questionado se sabia que o vendedor dos apartamentos tinha feito um depósito de R$ 638 mil em dinheiro vivo no dia da venda dos imóveis, mas negou. "Se o cara tinha esse perfil, certamente não devia estar fazendo só isso, né?” disse.

Movimentações finaceiras

De acordo com o jornal, Flávio e Fernanda Bolsonaro pagaram um sinal de R$ 100 mil por meio de dois cheques em 6 de novembro de 2012. No dia 27 de novembro de 2012, foram entregues mais dois cheques, que somaram R$ 210 mil, para totalizar a venda no momento da assinatura da escritura, que foi lavrada em um cartório no Centro do Rio, a 450 metros da agência bancária onde Dillard depositou os valores e a 50 metros da Alerj.

Junto com os cheques, o MP descobriu que Dillard depositou, ao mesmo tempo, R$ 638,4 mil em dinheiro vivo. Os investigadores relataram nos autos que ele não fez outras transações imobiliárias naquele semestre. Um ano depois da compra, Flávio revendeu os imóveis por R$ 813 mil.

Até o momento, a defesa do senador disse apenas que vai questionar na Justiça "as notícias de vazamento das peças e áudios do procedimento que tramita sob sigilo”.

Com informações do jornal O GLOBO



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