Cinemateca anuncia demissão de todos os funcionários
por: Mônica Oliveira
Cerca de 40 funcionários das áreas de preservação, documentação e pesquisa, difusão, atendimento, administração e tecnologia da informação devem ser demitidos a partir desta semana. A Associação de Comunicação Educativa Roquette Pinto (Acerp) informou, na tarde de quarta (12), que terá que demitir todos os funcionários da Cinemateca Brasileira.
Segundo a coluna da jornalista Mônica Bergamo, a expectativa é que as demissões ocorram a partir desta quinta (13).
À coluna, o diretor da Roquette Pinto, Francisco Câmpera disse que "insistiu com o secretário substituto do Audiovisual para que os funcionários fossem mantidos ou recontratados mas que infelizmente não obteve nenhum compromisso formal.
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Os funcionários foram informados da decisão no começo da noite de quarta-feira, quando Câmpera fez o anúncio em reunião com coordenadores da instituição.
De acordo com a Folha, em nota enviada à coluna, o diretor afirma que "este último esforço foi realizado com a presença de várias testemunhas como a imprensa, deputados, vereadores e entidades do setor.
Na última sexta (7), o secretário nacional do audiovisual, Helio Ferraz de Oliveira, acompanhado da Polícia Federal, assumiu as chaves da instituição. Nesta semana, o governo federal anunciou a liberação de verba no valor de R$ 2,8 milhões para a assinatura de seis contratos de manutenção.
Batalha jurídica em torno da Cinemateca
A batalha judicial entre governo federal e Acerp pelo controle da Cinemateca Brasileira tem muitos capítulos. Um deles foi o pedido de tutela provisória feito pelo Ministério Público Federal (MPF) na semana passada, negado pela Justiça.
A instância jurídica requeria, em caráter de urgência, a renovação de contrato com a Acerp até o fim de 2020. O último contrato vigente, para a gestão da Cinemateca e execução de seu orçamento de R$ 12,2 milhões, terminou em 2019.
Na segunda (10), o MPF protocolou recurso no Tribunal Federal da 3ª Região (TRF-3) para anular decisão da Justiça, na ação em alegava abandono da Cinemateca pela União. Nesse mesmo dia, o procurador Gustavo Torres Soares interpôs um agravo de instrumento no TRF-3, no qual voltou a pedir a renovação do contrato com a Acerp até o fim do ano, enquanto a União planeja solução a longo prazo.
Confira nota de Francisco Câmpera à Folha:
"No último dia 7 em que a Secretaria Especial de Cultura chegou para assumir a Cinemateca, junto com um contingente da Polícia Federal, Francisco Câmpera insistiu com o secretário substituto do Audiovisual para que os funcionários fossem mantidos ou recontratados mas que infelizmente não obteve nenhum compromisso formal. Este último esforço foi realizado com a presença de várias testemunhas como a imprensa, deputados, vereadores e entidades do setor.
Com informações da Folha
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