Corte de R$ 1 bilhão para universidades federais é insustentável, dizem reitores
por: Eduardo Pinheiro
Corte no MEC de 18,2% representa queda de R$ 1 bilhão nas universidades
Em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (12), a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) comentou a previsão do corte de 18,2% nos recursos destinado ao Ministério da Educação (MEC) em 2021.
"A anunciada redução linear de 18,2% nos limites orçamentários tornará a situação insustentável, diz nota da Andifes. "Com esse corte, nenhuma instituição poderá cumprir suas finalidades de ensino, pesquisa e extensão no próximo ano.
O corte está presente nos referenciais monetários produzidos Ministério da Economia. Esse percentual significa queda de R$ 4,2 bilhões nessa rubrica, passando dos atuais R$ 22,96 bilhões para R$ 18,78 bilhões em 2021. Nas universidades, o corte seria de R$ 1 bilhão e nos institutos, R$ 434 milhões.
A conclusão das universidades é que os desdobramentos da pandemia continuarão afetando as instituições no ano que vem, o que exige, além de exigir a manutenção dos recursos, o aporte de mais R$ 200 milhões.
"Sendo bem conservadores, estamos estimando [uma necessidade de] mais R$ 200 milhões para que o sistema possa minimamente funcionar, disse o presidente da Andifes, Edward Madureira, em entrevista à imprensa.
Madureira afirmou ainda que o corte atinge a assistência estudantil, área preservada no ano passado mesmo quando perdurou um congelamento de repasses. Segundo a Andifes, o dinheiro direcionado para o pagamento de auxílios a estudantes carentes terá uma redução de R$ 185 milhões.
Em nota, o MEC defendeu que, em razão da crise econômica causada pela pandemia, a "administração pública terá que lidar com uma redução no orçamento para 2021. O governo tem até o fim deste mês para enviar o projeto ao Congresso.
Com informações da Folha de S. Paulo
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