Kamala Harris, mulher negra, é vice de Biden na chapa democrata à Casa Branca
por: Mônica Oliveira
Senadora pelo estado da Califórnia, a indiana Kamala Harris será vice na chapa democrata à Casa Branca, que tem Joe Biden como candidato a presidente. Com a definição do nome de Kamala, anunciado nessa terça-feira (11), o adversário de Donald Trump mira em dois perfis de eleitores que podem ser determinantes na disputa de 3 de novembro: mulheres e negros.
Considerada uma liderança política de centro, Kamala foi escolhida após cálculos minuciosos que apontaram, entre outras vantagens, seu potencial de mobilizar jovens e pessoas negras às urnas.
Segundo a Folha, analistas de Biden também levaram em conta perfil que ajudasse a manter eleitores independentes e moderados que se dizem cansados da retórica agressiva de Trump.
Além de ser a primeira vez que uma mulher negra concorre à vice-Presidência nos EUA, também é novidade que ela seja uma candidata de origem indiana. Kamala é filha de imigrantes divorciados uma pesquisadora da Índia e um professor da Jamaica, engajados no movimento pelos direitos civis.
No Twitter, Biden escreveu que se sentia honrado em ter com ele "uma das melhores servidoras públicas do país. Pela mesma rede social, a senadora escreveu que Joe "pode unir o povo americano porque ele passou sua vida lutando por nós, e acrescentou: "Estou honrada de me juntar a ele.
A escolha parece ter incomodado Donald Trump, que instantes depois do anúncio demonstrou surpresa com a opção do rival. "Ela foi muito desrespeitosa com Joe Biden, e é difícil escolher alguém tão desrespeitoso, afirmou o republicano a jornalistas.
Ex-vice de Barack Obama, Joe Biden, que é líder nas pesquisas, em meados de março já havia manifestado a intenção de nomear uma mulher para ajudá-lo no desafio de derrotar Trump. Os protestos antirracismo após o assassinato de George Floyd fizeram com que a representação da população negra se tornasse imperativa para a chapa do democrata.
Representatividade
O eleitorado dos Estados Unidos é composto por 55% de mulheres. Pesquisas recentes mostram que Biden acumula boa margem junto a esse segmento. Ele está até 20 pontos à frente de Trump entre elas. Em 2016, Hillary Clinton superou o republicano nesse grupo por 14 pontos.
Segundo a Folha, além de acenar para a representatividade cobrada ala progressista dos democratas, a escolha de uma mulher também teve o objetivo de minimizar as acusações de abuso sexual.
Tara Reade, ex-assessora de Biden no Senado, acusa ele de tê-la encurralado na parede e a penetrado com os dedos. De acordo com Reade, o episódio ocorreu em 1993.
Nos últimos meses, várias políticas figuraram no banco de apostas para vice na chapa democrata, entre elas a deputada Karen Bass e Susan Rice, ex-conselheira de segurança nacional no governo Obama.
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