Após Bolsonaro impedir reajuste de servidores, proposta garante promoções a militares
por: Nathalia Bignon
Depois de Jair Bolsonaro (sem partido) vetar o reajuste a servidores de algumas categorias â" sobretudo as essenciais â" até o fim de 2021, o deputado Junio Amaral (PSL-MG), aliado do presidente, quer permitir que militares tenham assegurada a promoção funcional, com o ajuste decorrente nas remunerações, durante o estado de calamidade pública no paÃs.
Autor do Projeto de Lei Complementar (PLP) 220/20), o parlamentar bolsonarista pretende inserir um dispositivo na Lei Complementar 173/20, que trata do socorro financeiro a estados e municÃpios na pandemia do novo coronavÃrus, sancionada pelo mandatário.
O texto, em tramitação na Câmara dos Deputados, diz que as vedações a reajustes salariais previstas nessa norma não devem compreender progressões, promoções, mudanças de postos e patentes e concessão de vantagens remuneratórias vinculadas ao tempo de serviço, tais como adicionais e gratificações, de militares das Forças Armadas e de policiais militares e de bombeiros militares dos estados e do Distrito Federal.
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"A Lei Complementar 173/20 abre margem interpretativa acerca da não contagem, até 31 de dezembro de 2021, do tempo de serviço dos servidores públicos em geral para efeito de anuênios, triênios, quinquênios, licenças-prêmio e demais mecanismos equivalentes que aumentem a despesa com pessoalâ, afirmou o deputado.
Apoio aos militares
"A hierarquia é a base de funcionamento das corporações militares, e alcançar o melhor posto possÃvel na carreira é aspiração comum dos membros dessas corporaçõesâ, continuou o congressista. "Muito mais do que o reflexo financeiro, no âmbito militar a troca de patente é elemento moral e cÃvicoâ, justificou.
A suspensão de reajustes para servidores foi uma contrapartida exigida pelo Poder Executivo em troca do socorro de R$ 125 bilhões aos estados, ao DF e aos municÃpios em razão da Covid-19. Desse total, R$ 60 bilhões são dinheiro novo â" o restante deverá ser apropriado pelos entes federativos por meio do adiamento de dÃvidas com a União.
Com informações da Agência Câmara de NotÃcias
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