Chico, Caetano e intelectuais assinam manifesto da chapa Boulos-Erundina

Uma carta-manifesto assinada por mais de 300 artistas e intelectuais confirma apoio à candidatura da chapa do PSOL para a Prefeitura de São Paulo, com Guilherme Boulos e Luiza Erundina. Entre os assinantes do manifesto, estão Chico Buarque, Caetano Veloso, Zélia Duncan, Laerte Coutinho, Boaventura Sousa Santos e outros que aderiram à chapa Boulos e Erundina.

"Temos o desafio de derrotar o projeto autoritário de Bolsonaro e o projeto elitista dos tucanos, que relega o territórios populares ao esquecimento”, anuncia a carta, intitulada "São Paulo precisa de Boulos e Erundina”.

Publicado nessa quinta-feira (6), o documento resgata na gestão de Erundina, entre 1989 e 1992, as bases para uma "sociedade democrática” que inspiram a iniciativa e devem servir de referência para a chapa.

"Esse marco histórico tinha como conteúdo a memória social sobre a política desenvolvida nas áreas da educação, saúde, transporte, habitação e cultura e sobre a participação dos cidadãos na definição dessas políticas por meio do orçamento participativo.”, diz o texto, em defesa da campanha de ambos.

A candidatura com os nomes de Boulos, líder nacional do Movimento dos Trabalhadores sem Teto (MTST) e de Erundina, deputada federal pelo PSOL, foram definidos nas prévias do partido, realizadas dia 19 de julho.

A lista de apoiadores da chapa ‘Boulos-Erundina‘ aglutina também os atores Wagner Moura, Camila Pitanga, Marieta Severo, Sônia Braga e Maria Fernanda Cândido, os cineastas Fernando Meirelles e Petra Costa. Os músicos Arnaldo Antunes, Maria Gadú, Teresa Cristina, Tom Zé, Zélia Duncan e José Miguel Wisnik e a cartunista da Folha Laerte Coutinho também estão entre os entusiastas.

Entre os intelectuais, destaque para a adesão dos escritores Luis Fernando Veríssimo e Ferréz, o fotógrafo Bob Wolfenson, o antropólogo Luiz Eduardo Soares, o filósofo Vladimir Safatle, o sociólogo Boaventura de Sousa Santos.

Também ratificaram o texto, os advogados Celso Antonio Bandeira de Melo e Walfrido Warde e o economista Eduardo Moreira, criador da campanha Somos 70%.

A "aliança perversa entre a extrema-direita e o neoliberalismo” é denunciada pelos assinantes da carta, com o eixo sustentador do governo de Jair Bolsonaro, "ancorado em grupos milicianos e na declaração de que o Brasil não tem o que construir, mas muito a destruir – do meio ambiente à vida de cada um de nós”.

Candidaturas à esquerda

Ainda no campo da esquerda, entre os nomes levantados para concorrer à prefeitura de São Paulo estão o ex-governador Márcio França (PSB), o ex-deputado federal Jilmar Tatto (PT), o deputado Orlando Silva (PCdoB) e a ativista sindical Vera Lúcia (PSTU).

O período de oficialização das candidaturas é de 31 de agosto a 16 de setembro, data das convenções.

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Com informações da Folha e R7