Instituto Pensar - Diretora de ‘Matrix’ confirma metáfora trans por trás do trilogia

Diretora de ‘Matrix’ confirma metáfora trans por trás do trilogia

por: Eduardo Pinheiro 

Foto: Divulgação

A trilogia ‘Matrix’, iniciada em 1999, entrou para a lista dos filmes mais vistos da história e seu segundo filme chegou a render US$ 740 milhões. Com a sua complexidade, a história de ficção cientifica já foi assuntos de muitos artigos que debatem o significado por trás das metáforas. E essa semana, uma das diretoras, Lilly Wachowski, revelou uma das teorias que envolvem a obra-prima.

Os filmes foram dirigidos pelas irmãs Lana e Lilly Wachowski, que se revelaram mulheres trans em 2010 e 2016, respectivamente. Desde então, foram escritos muitos artigos sobre como ‘Matrix’ seria uma grande alegoria sobre aceitação de uma identidade própria. Em um novo vídeo gravado para a Netflix, Lilly falou sobre o assunto.

"Eu estou feliz que as pessoas estão falando sobre os filmes de ‘Matrix’ com uma narrativa trans. Eu amo quanto esses filmes são significativos para pessoas trans e a forma com a qual elas vêm até mim e dizem, ‘Esses filmes salvaram a minha vida’. Porque quando você fala de transformação, especialmente no mundo da ficção científica, que é só sobre imaginação e construção de mundo e o que parece impossível se tornando possível, eu acho que é por isso que ele dialoga tanto assim com essas pessoas. Eu fico grata por ser parte de jogar uma corda para ajudá-las nessa jornada.”, disse Lilly

A cineasta ainda afirmou que a obra "era totalmente sobre o desejo por transformação” e que o recurso de utilizar uma realidade simulada criada por máquinas era uma forma de fazer isso e se manter "no armário”.

Segundo Lilly, no entanto, o mundo da ficção científica e da fantasia se tornou um grande aliado das irmãs para abraçar suas identidades. "Nos deu liberdade como cineastas porque podíamos imaginar coisas que não era necessariamente vistas nas telas”, afirmou.

Matrix e a transgeneridade

Características básicas do filme, como Neo (Keanu Reeves) rejeitar o nome imposto a ele ou de Switch (Belinda McClory) ter gêneros diferentes dentro e fora da matrix, tornaram-se argumentos que apoiam a visão transgênere sobre a produção.

"Uma de nossas coisas que realmente curtimos fazer foi meio que dobrar gêneros, onde você teria coisas que parecem como filmes de kung fu, e tipo anime, e faroestes. E então eu penso que na nossa ‘transzice’ e ‘queerzice’, nós sempre tentamos incorporar o máximo de coisas possível, visualizar dentro de um escopo infinito muito maior da imaginação.”, afirmou Lilly.

Em abril de 2022 está previsto para lançar um novo filme sobre a história, já contando com o atraso por conta da pandemia da Covid-19. Lilly não participa, mas sua irmã Lana estará comandando Keanu Reeves e Carrie-Anne Moss e outros novos nomes.

Com informações do Omelete e CoS



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