OMS alerta que reabertura das escolas pode agravar pandemia da Covid-19
por: Eduardo Pinheiro
O diretor de emergências da OMS também avaliou que a reabertura envolve não somente mudanças, mas investimentos para aplicar essa modificações
Nessa quarta-feira (5), a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou para os riscos de retomar as aulas em países que não controlaram a transmissão de Covid-19. Diretor de emergências da organização, Michael Ryan afirmou que abrir as instituições em meio à transmissão comunitária "provavelmente vai piorar o problema.
A líder técnica da resposta ao coronavírus da OMS, Maria Van Kerkhove, declarou que, nessa discussão, é necessário sempre lembrar que escolas não são ambientes separados de seu entorno. "Se houver transmissão na comunidade, essa transmissão vai ocorrer no ambiente escolar.
Para Ryan, retomar o ensino presencial nos países em que o vírus está descontrolado vai causar uma situação de "abre e fecha. O diretor de emergências da OMS também avaliou que a reabertura envolve gastos para garantir a segurança dos estudantes. Quanto a um protocolo de segurança, os dois afirmam que as instituições de ensino variam muito entre si e por isso não é possível oferecer uma receita para reabertura que abranja todas.
"Escolas são diferentes pelo mundo. E aquelas para crianças pequenas são diferentes de outras do ensino médio, que também diferem de universidades e faculdades, afirmou Maria.
Pouco mais de dez países já abriram as escolas, entre eles França, Alemanha e Austrália. No entanto, 1 bilhão de alunos no mundo (60% do total) ainda estão sem aulas, segundo a Unesco.
Covid-19 no Brasil
Na segunda-feira (3), o diretor de emergências da OMS declarou que a pandemia no Brasil continua a ser preocupante. O País tem contabilizado certa de 60 mil novos casos diariamente. No total, são 2,8 milhões de infecções e mais de 96 mil mortes registradas, o que o coloca em segundo lugar no ranking de países com mais infectados pela covid-19, segundo a Universidade Johns Hopkins.
A Organização Pan-americana da Saúde (Opas), braço da OMS na América Latina, também afirmou que a situação do Brasil é crítica e ressaltou São Paulo e Bahia como Estados que enfrentam alto número de novos casos e mortes.
A expectativa de retorno as aulas em São Paulo está para o dia 8 de setembro, caso seja mantida a fase amarela do plano de reabertura. Mas, mesmo com o sinal verde, cidades como a capital paulista e os sete municípios que compõem o ABC paulista não pretendem seguir o calendário.
Com informações do Estadão
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