Criatividade pode manter emprego a salvo dos robôs e algoritmos
por: Mônica Oliveira
Assistentes virtuais como Alexa, Siri ou Google, além de cafeteiras inteligentes, carros autônomos e robôs faxineiros coabitam o mundo atual das pessoas. É a Inteligência Artificial (IA) transformado modos de vida e desafiando a criatividade dos seres humanos, seus criadores.
O assunto é tratado em uma entrevista concedida à plataforma A Vida no Centro pelo jornalista, palestrante e escritor Alexandre Teixeira, publicado no El País.
A plataforma anuncia a prevalência da inteligência artificial e dos algoritmos no mundo atual e questiona sobre como se manter relevante no mercado de trabalho frente aos avanços tecnológicos.
Na conversa com o escritor é investigado o cenário da nova economia para profissionais e empreendedores, bem como incertezas da pandemia do novo coronavírus que aceleram essas mudanças. Exemplo disso é o trabalho remoto.
Crítico da futurologia, o jornalista acabou de concluir um livro sobre o impacto das novas tecnologias de automação no mundo do trabalho, em parceria com Clara Cecchini.
No bate-papo, ele fala sobre as interações humanas com as novas tecnologias e de como essas conexões podem potencializar a criatividade.
"As máquinas já criam em todos os campos, inclusive no artístico, mas num nível em que ainda não se tornaram uma ameaça ao trabalhador de carne e osso, afirma Teixeira, que também é um dos fundadores da ODDDA, nova plataforma de tendências em desenvolvimento humano.
Com passagem por algumas das principais redações do país, como Valor Econômico, IstoÉ Dinheiro e Época Negócios, Teixeira diz não existir uma fórmula pronta para se estar à frente em termos de conhecimento tecnológico. Contudo, o jornalista destaca que a criatividade é uma palavra-chave nesse processo.
"Uma das recomendações inevitáveis é manter uma atitude que a gente chama no livro de um eterno aprendiz. Outro conceito importante é o de aprendiz ágil. É até uma brincadeira com "aprendizagem/aprendiz ágil. O que é um aprendiz ágil? É trazer um pouco dessa ideia de ser ágil e flexível, algo que está muito forte no mundo corporativo. No caso da aprendizagem, é sempre se perguntar o que é necessário aprender em termos de competências novas. Isso vale tanto para aquelas competências mais duras, como programação, como para o desenvolvimento de soft skills, o que tem a ver com aprender a se relacionar melhor com as pessoas e com criatividade.
Autor dos livros "Felicidade S.A, "De Dentro Para Fora, (finalista do Prêmio Jabuti em 2016) e "Rotinas Criativas, Teixeira tem como tema de fundo em suas pesquisas as profundas transformações do mundo do trabalho e dos negócios neste começo de século 21.
"Futuro do trabalho é um tema super amplo, tenho um pouco de medo dele porque está cheio de futurólogo por aí. O livro novo é minha primeira coautoria ―a parceira no projeto é a Clara Cecchini, uma atriz de formação que também trabalhou no Terceiro Setor. Hoje ela é uma consultora apaixonada e estudiosa por educação e aprendizagem, o que dá uma ideia importante a respeito de um dos temas do livro. A obra parte de uma questão, de um diagnóstico sobre como as novas tecnologias de automação ―que estão muito ligadas ou movidas à inteligência artificial e machine learning― estão provocando e vão provocar ainda mais no mundo do trabalho nas próximas décadas.
Confira íntegra da entrevista escrita aqui ou ouça pelo PodCentro.
Com informações do El País
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