Instituto Pensar - Molon pede que PGR investigue visto diplomático concedido a Weintraub

Molon pede que PGR investigue visto diplomático concedido a Weintraub

por: Nathalia Bignon 


Bolsonaro e Weintraub, durante a posse do ex-ministro, em 9 de abril de 2019 – (Foto: Marcos Corrêa/PR)

Líder do PSB na Câmara, o deputado federal Alessandro Molon (PSB-RJ) pediu que a Procuradoria-Geral da República (PGR) do Distrito Federal abra um inquérito para investigar possíveis irregularidades relacionadas ao uso de passaporte diplomático pelo ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub, para entrar nos Estados Unidos. 

Na última terça-feira (28), em resposta a dois pedidos via Lei de Acesso à Informação, o Ministério das Relações Exteriores confirmou que intercedeu junto à embaixada dos Estados Unidos para a obtenção do visto de entrada para o ex-chefe do MEC. O visto foi solicitado no passaporte diplomático do ex-titular da pasta, que havia sido designado para um cargo no Banco Mundial.

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Na resposta, o Itamaraty também assumiu que o próprio Weintraub comunicou a saída do cargo ao chanceler Ernesto Araújo. De acordo com as informações, o ex-ministro solicitou os "bons ofícios” do Itamaraty para requerer o visto no mesmo dia em que anunciou sua saída do cargo que lhe conferia o benefício do passaporte. 

Com base nos fatos revelados esta semana, Molon também pede que sejam apuradas possíveis ilicitudes de agentes do MRE no processo de emissão do visto diplomático para Weintraub.

"Ao que se verifica, o ex-ministro valeu-se das prerrogativas do cargo de ministro da Educação – que lhe assegurariam a emissão de passaporte e visto diplomáticos – para engendrar a sorrateira saída do país, não descartada a hipótese de fuga para evitar a eventual aplicação da lei penal”, escreveu Molon na representação.

O parlamentar destacou que Weintraub deixou o Brasil sendo alvo de duas investigações que correm no Supremo Tribunal Federal (STF). No documento protocolado nesta quinta-feira (30), o líder socialista solicita que o órgão apure se o ex-ministro e outros agentes públicos do MRE cometeram algum ato de improbidade administrativa.



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