As Cidades mais Criativas do Brasil IV - Paraty
Caminhar pelas ruas históricas de Paraty é como voltar no tempo. A bela arquitetura colonial está preservada, não há carros no Centro e o calçamento de paralelepípedos mantém o charme do passado. Há oito anos, entre julho e agosto, a cidade vive uma efervecência literária. Neste ano, moradores e turistas cruzaram nas ruas com as escritoras Isabel Allende e Azar Nafisi, o poeta Ferreira Gullar e o cartunista Robert Crumb. Eles participaram da 8ª Festa Literária Internacional de Paraty. Realizada no período de baixa atividade turística, a Flip ajuda a reduzir os contrastes entre a alta e a baixa temporadas ao atrair cerca de 20 mil pessoas.
A cidade viveu a glória do ouro, ficou um século no isolamento e na década de 60 foi abrigo de intelectuais, para só depois abrir-se ao turismo. "Hoje o que faz da Flip um evento singular no calendário literário mundial é o fato de ter nascido da boa leitura do espaço físico e das necessidades da população. É uma festa para a cidade e não da cidade", diz o arquiteto Mauro Munhoz, diretor da Associação Casa Azul, que organiza o evento. A Flip gera cerca de 2 mil empregos indiretos e resgatou uma atividade tradicional, a carpintaria naval, usada na construção dos palcos e pavilhões. Criou 33 pequenas bibliotecas escolares e a
inclusão de uma hora de leitura por semana nas escolas municipais.
Fonte: Época Negócios
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