Inseticida natural mata mosquito da dengue
por: Mônica Oliveira
Em tempos de negacionismo científico, pouco apoio governamental e retenção de recursos, pesquisadores seguem construindo conhecimentos essenciais, por exemplo, para salvar vidas. Na última terça-feira (7) foi anunciada conclusão da pesquisa que desenvolveu um inseticida natural que mata o mosquito Aedes aegypti, que transmite a dengue, com eficácia comprovada e baixo custo.
A pesquisa do inseticida, encampada pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Algodão), é conduzida professora Fabíola Cruz, do departamento de biologia celular e molecular da UFPB.
De acordo com resultados, o produto, feito de extrato de agave planta conhecida como sisal, tem rápida ação e não é tóxico para outros animais. Como registra o G1, o inseticida se mostrou eficaz em qualquer fase de vida do mosquito vetor da dengue, zika e Chikungunya.
Pesquisa, produção e valorização da cultura
O próximo passo, segunda a pesquisadora responsável, é buscar parcerias para que o inseticida, já patenteado pela Embrapa e UFPB, seja comercializado. "Nem a UFPB e nem a Embrapa têm condições de produzir, de tornar o inseticida comercializável. Então, para isso, precisamos de um agente externo, que seria uma indústria, explicou a professora Fabíola.
A dimensão de valorização da cultura do sisal é outro ponto destacado pela professora, que vê oportunidade de renda para a cadeia de produtores da planta na Paraíba.
Dengue na pandemia
Em junho deste ano, boletim emitido pela Secretaria de Saúde do Estado (SES) durante a pandemia de Covid-19, apontou subnotificação em registros de casos de dengue, zika e Chikungunya, devido ao avanço do novo coronavírus no estado.
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