Menino de 7 anos que brincava na porta de casa morre após ser baleado na Baixada Fluminense
por: Mônica Oliveira
O menino Ítalo Augusto, uma criança de 7 anos, morreu na noite de terça-feira (30) após ser baleado em São João de Meriti, Baixada Fluminense, Rio. Ítalo brincava na porta de casa, na Rua Ceci, no bairro do Éden, quando foi atingido por um disparo. Equipes da Polícia Militar realizavam patrulhamento na região naquele momento.
A criança teria sido atingida na cabeça, segundo relato de testemunhas. Ítalo Augusto foi socorrido por familiares e vizinhos, mas chegou morto à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro, por volta de 20h30.
Beatriz Castro, irmã de menino baleado, usou a internet para lamentar a morte da criança. "A vida e muito injusta. Cara, ele só tinha 7 anos e partir dessa forma, disse. "Poxa, irmão! Eu te amava tanto, você era como filho para mim. Além de irmã, eu era sua madrinha. Eu não quero acreditar que você morreu dessa forma. Eu não aceito, lamentou.
A morte de Ítalo engrossa as estatísticas de crianças baleadas na Região Metropolitana do Rio em 2020. O menino é a 16.ª vítima de "bala perdida.
A PM carioca alega que equipes da corporação estavam em patrulhamento na região quando foram atacadas por tiros. A corporação informou que os policiais não revidaram os disparos e o carro em que estavam chegou a ser perfurado na ação.
O G1 registra que não há informações sobre a origem do disparo e em quais circunstâncias ele teria acontecido.
STF
No dia 5 de junho, o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a suspensão de operações policiais em comunidades do Rio de Janeiro durante a pandemia do novo coronavírus.
A decisão afirma que as operações só podem ocorrer em casos absolutamente excepcionais, que devem ser justificados por escrito pela autoridade competente e comunicadas ao Ministério Público estadual. Fachin citou no texto a morte recente do menino João Pedro, de 14 anos, dentro de casa durante uma operação no complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio no ultimo dia 18 de maio.
Embora a rotina de patrulhamento não se configure como uma operação planejada pela corporação, ações policiais em comunidades carentes do Rio são alvo permanente de denúncias e críticas tanto dos moradores desses locais, como de especialistas em segurança pública e observadores dos direitos humanos.
Com informações do G1 e Agência Brasil.
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