Instituto Pensar - Bolsonaro destaca “honradez” de Decotelli, mas não garante nomeação após polêmicas sobre currículo

Bolsonaro destaca “honradez” de Decotelli, mas não garante nomeação após polêmicas sobre currículo

por: Eduardo Pinheiro


Posse foi adiada após Carlos Alberto Decotelli perder o apoio do grupo militar responsável por sua indicação e da FGV, onde cursou mestrado

Após ter o seu currículo questionado, Carlos Alberto Decotelli foi elogiado pelo presidente Jair Bolsonaro em suas redes sociais. Sem deixar claro se dará ou não posse de Ministro da Educação a Decotelli, o presidente disse só ter recebido mensagens de "trabalho e honradez” sobre o indicado.

Durante os últimos dias, Decotelli teve o doutorado e pós-doutorado questionados pelas instituições estrangeiras e sofreu acusação de plágio no mestrado na Fundação Getulio Vargas. Além disso, a instituição brasileira informou que o possível ministro não foi pesquisador ou professor no local.

Nas redes sociais, o presidente disse que "o professor vem enfrentando toda a forma deslegitimação para o ministério” por "inadequações curriculares”. Bolsonaro disse ainda que Decotelli "não pretende ser um problema” para a pasta, "bem como, está ciente de seu equívoco”. Segundo a publicação, "todos aqueles que conviveram com ele comprovam sua capacidade para construir uma educação inclusiva e de oportunidade para todos”. Mesmo assim, não citou a posse do novo ministro.

Mesmo constrangidos com indicação que está rendendo dores de cabeça ao presidente, militares continuam a indicar outros nomes. Assim como a ala ligada a Olavo de Carvalho. O ambiente no Planalto, segundo o Estadão, é de muita pressão e profusão de nomes para o MEC.

Sugestões para o MEC

Entre os novos nomes sugeridos estão o reitor do Instituto de Tecnologia Aeronáutica (ITA), Anderson Ribeiro Correia, que chefiou a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) até 2019. Outro que esteve com Bolsonaro foi o ex-pró-reitor da FGV Antonio Freitas, também indicado pelo grupo militar. O secretário de Educação do Paraná, Renato Feder, foi entrevistado pelo presidente e depois avisado de que não tinha sido escolhido.

Segundo o Estadão, o deputado federal Eduardo Bolsonaro também teria arriscado uma sugestão. Sérgio Santana, ex-assessor especial do ex-ministro Abraham Weintraub e ligado a olavistas do governo é a indicação do filho do presidente.



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