Queiroz diz à PF que se demitiu por “cansaço” e nega vazamento de investigação na Alerj

O ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), Fabrício Queiroz, disse à Polícia Federal (PF) que desconhece o suposto vazamento de informações sobre seu envolvimento em "rachadinhas” e afirmou ter deixado o mandato de Flávio apenas por estar "cansado”.

Preso preventivamente desde o último dia 18, Queiroz, pivô das investigações envolvendo o senador, filho do presidente Bolsonaro, Queiroz prestou seu primeiro depoimento à PF nessa segunda-feira (29), sobre o esquema de "rachadinhas” na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

Sob custódia, direto do presídio de Bangu 8, o ex-assessor foi ouvido na condição de testemunha pelo delegado da PF do Rio Jaime Cândido, por meio de videoconferência. Ele negou ter conhecimento de irregularidades relacionadas ao esquema de divisão da remuneração ("rachadinha”) de contratados do gabinete de Flávio Bolsonaro, à época deputado estadual.

Negando a suspeita de que foi demitido após Flávio obter informações sigilosas sobre ele, Queiroz, ser alvo de investigações por causa de movimentação bancária incompatível naquele período, o ex-assessor disse que ele próprio pediu exoneração do gabinete de Flávio.

Segundo Queiroz, o motivo teria sido seu cansaço em trabalhar como assessor político e a necessidade de cuidar de problemas de saúde.

Flávio quer Itabaiana fora

Também na terça, a defesa de Flávio Bolsonaro apresentou mais um pedido para afastar o juiz Flávio Itabaiana do inquérito que apura se o senador cometeu lavagem de dinheiro e falsidade ideológica ao declarar seus bens à Justiça Eleitoral.