Instituto Pensar - Turismo: O Desafio da Sustentabilidade

Turismo: O Desafio da Sustentabilidade

Referência nacional do turismo no Brasil, a Bahia tem mais de 40 anos de planejamento e gestão pública neste setor da economia. Por isso mesmo o atual governo considera que o turismo integra uma política de estado e não apenas de governos. Ainda que em fase de exame e redefinição, o Estado conta com uma Estratégia Turística de longo prazo, um único leque definido e ações de médio prazo e longo prazo que não sofreram solução de continuidade. Investimentos pesados na promoção destino Bahia, na infraestrutura viária e um razoável esforço de atração de investimentos hoteleiros, constituíram o tripé do desenvolvimento do turismo de Estado.

Constituição de enclaves hoteleiros desvinculados das econômicas micro- regionais, pouco investimento na formação de mão de obra, descontinuidade no setor de estudos e planejamento e assimetrias no tratamento de algumas zonas turísticas criadas e não desenvolvidas são os principais problemas herdados pela atual administração. Bolsões de pobreza e miséria nas principais áreas de monocultura hoteleira (Porto Seguro e Morro de São Paulo) e mesmo em zonas turísticas como o Pelourinho.

Assim é que o desafio da atual administração e da nova Secretaria de Turismo, resultante do desmembramento de uma estrutura única de cultura e turismo, é potencializar os investimentos e os avanços já realizados e, ao mesmo tempo, implementar um novo modelo de desenvolvimento turístico que justifique o lema do "Turismo por uma Bahia Sustentável".

É preciso dar continuidade nos investimentos que se realizam rodovias, aeroportos, saneamento de cidades, recuperação de patrimônio histórico é fundamental para maximizar o retorno desses investimentos.
Mas é preciso também formatar novos produtos, dessa vez, integrando as economias e sociedades locais. E nesse sentido a mobilização já iniciada para a implantação do turismo étnico voltado para o mercado norte-americano, o turismo a partir dos vinhedos do São Francisco, do turismo náutico na Bahia de Todos os Santos.

Ainda na perspectiva da sustentabilidade econômica e social a atual administração já está realizando uma pesquisa sobre as demandas das cadeias hoteleiras da Bahia para que juntamente com a Secretaria de Indústria e Comercio e Agricultura, implantemos os Arranjos Políticos Locais que venham se agregar e compor a cadeia produtiva do turismo.
Essas correções estruturais não interferem na continuidade que asseguramos á política de atração de investimentos, em que nos últimos 8 meses mais de 890 milhões de dólares foram acrescidos aos 2,2 bilhões já previstos de investimentos privados até o ano de 2015. E sem esquecer que não há turismo sem turismo, apesar das restrições nos gastos publicitários essenciais para o turismo, conseguiu-se na atual administração retomar a promoção internacional, inclusive para consolidar os novos vôos internacionais regulares que se iniciaram no segundo semestre deste ano, para Buenos Aires e Paris.

A parceria como Ministério do Turismo e com a Embratur, a maximização dos recursos do PRODETUR, agora " desentravado" pelo MTUR, a elaboração de um plano estratégico para a Bahia de Todos os Santos e para o Recôncavo articulando ações do turismo étnico e do turismo náutico, bem com a ampliação do esforço promocional e de melhor gestão dos Centros de Convenções de Salvador, de Ilhéus e Porto Seguro, certamente vão confirmar o turismo sustentável na Bahia de Todos os Santos.



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