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Freixo se distancia do PSOL ao sinalizar aproximação ao Centro

por: Igor Tarcízio


O líder da minoria na Câmara dos Deputados e deputado federal Marcelo Freixo (Imagem: Reprodução/Agência Câmara)

O posicionamento do líder da minoria na Câmara dos Deputados e deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ) ao dizer que busca aproximar o campo progressista com o centro, no debate político, gerou incômodo entre líderes e correligionários do PSOL.

Em recente entrevista para o Estadão, Freixo declarou que busca alavancar uma eventual corrida ao Palácio Guanabara em 2022 e citou possíveis apoios do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, e do ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia, ambos do Democratas. Sua sigla, porém, nega a possibilidade de que a aproximação ocorra.

Durante a declaração para o jornal, o parlamentar também defende uma aliança de centro-esquerda para derrotar o fascismo.

"Considero que não podemos errar. Não temos o direito de correr o risco de sermos derrotados novamente. Estou priorizando a defesa da democracia. Tenho muito respeito por todos do PSOL. Construímos muita coisa juntos. Por isso, quero ouvir e aprender com todos os companheiros. Não é um debate simples, mas temos que fazer?, concluiu Freixo para a jornalista Camila Mattoso.

Em suas redes sociais, o psolista declarou que para "enfrentar Bolsonaro é enfrentar a pandemia, a fome e as ameaças à democracia? e que para derrotar tais ameaças, é necessário "dialogar, construir pontes e buscar o que temos em comum?.

Segundo membros do PSOL, os posicionamentos ideologicamente destoantes indicariam uma possível saída de Marcelo Freixo do partido. Se antecipando de uma possível cisão entre Freixo e PSOL, partidos da centro-esquerda, como o PT e o PDT, têm sinalizado disposição em abrigar o deputado.

"Freixo e eu mantemos conversas no sentido de uma aliança ampla, que esbarra nos planos de muita gente no PSOL?, afirmou o presidente do PDT, Carlos Lupi.

Resistência do PSOL

De acordo com o jornal O Globo, o PSOL ainda se mantêm resistente a uma possível aliança partidária para o pleito de 2022. O partido, O PSOL, que já chegou a proibir textualmente alianças com o Centro, autorizou apenas em 2020 acordos com partidos de esquerda, como PT, PDT e PSB, sem necessidade do aval da direção nacional.

Para integrantes do partido, há questões "inconciliáveis? com siglas como DEM e PSDB, especialmente na pauta econômica, o que causa rejeição na base partidária. Em resolução publicada no último mês, a direção nacional do PSOL defendeu, por ora, a "unidade das esquerdas? em 2022, sinalizando um possível apoio ao ex-presidente Lula (PT).

Segundo o vereador Chico Alencar, o PSOL buscará uma decisão coletiva sobre alianças. Ele afirma que o "PSOL busca ser partido, e não ?marca? para trajetórias individuais?.

"Qualquer um de nós, parlamentares, tem todo o direito de apresentar suas visões, inclusive de política de alianças. O diretório se reunirá para avaliar cenários para 2022 e depois, numa reunião ampliada, Freixo poderá apresentar sua ideia de aproximação até eleitoral com a centro-direita, inédita no partido?, disse.

Com uma reunião agendada nesta terça (6), o presidente do diretório da sigla no Rio, Carol Castro, afirma que tratará de "prioridades no momento (que) são o enfrentamento a Bolsonaro e a Cláudio Castro?, além do combate à pandemia, e que o debate sobre alianças ainda "precisa ser amadurecido, respeitando as instâncias internas e o tempo de formulação do partido?. Ela afirma ainda que o debate sobre 2022 envolverá Freixo e "demais figuras públicas do partido?



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