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Oposição anuncia apoio ao bloco de Maia na disputa contra Lira na Câmara

por: Igor Tarcízio 


Esses quatro partidos já haviam anunciado nesta quinta (17) veto a qualquer candidato apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro (Foto: Michel Jesus/Câmara dos Deputados)

PT, o PCdoB, o PSB e o PDT informaram nesta sexta-feira (18) que decidiram aderir ao bloco do atual presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), na disputa pelo comando da Casa. Esses quatro partidos já haviam anunciado nesta quinta (17) veto a qualquer candidato apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro.

Com o anúncio desta sexta, o bloco será composto por 11 legendas: PT, PSL, MDB, PSB, PSDB, DEM, PDT, Cidadania, PV, PCdoB e Rede. O anúncio foi feito na Câmara por Rodrigo Maia e lideranças desses partidos.

Rodrigo Maia ainda não anunciou quem apoiará, mas os nomes cotados são os dos deputados Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) e Baleia Rossi (MDB-SP).

"Este grupo que hoje se apresenta tem muitas diferenças, sim. Porque, diferentemente daqueles que não suportam viver no marco das leis e das instituições e que não suportam o contraditório, nós nos fortalecemos nas divergências, no respeito, na civilidade e nas regras do jogo democrático?, afirmou Maia. "Esta não é uma eleição entre candidato A ou candidato B. Esta é a eleição entre ser livre ou subserviente; ser fiel à democracia ou ser aliado do autoritarismo; ser parceiro da ciência ou ser conivente com o negacionismo; ser fiel aos fatos ou ser devoto de fake news?, declarou o presidente da Câmara.

Frente Ampla

ex-deputado federal e presidente do Instituto Pensar, Domingos Leonelli, chama a união da oposição em apoio a Maia de "frente ampla democrática? e faz prospecções para as eleições presidenciais de 2022.

"Está é a Frente Ampla democrática contra Bolsonaro na prática e em ação. É pra coisas assim que ela precisa existir. Isso não impede que cada partido defenda suas teses e suas candidaturas próprias a presidente da República. Em meados de 2022 veremos se ela se confirma no plano eleitoral no primeiro ou no segundo turno das eleições?, diz.

Leonelli também agradece ao líder do PSB na Câmara, Alessandro Molon (RJ), e ao presidente do sigla, Carlos Siqueira, pela coalizão. "É agora vamos derrotar Bolsonaro na Câmara dos deputados?, finalizou.

Carta 

O acordo interpartidário foi firmado com uma carta assinada por todas as siglas presentes no bloco em apoio ao candidato de Maia. 

\"Amigas e amigos,
É inegável a projeção que a Câmara dos Deputados ganhou nos últimos dois anos. E é premente entender o porquê disso. Certamente há vários motivos, mas acreditamos que existe uma razão principal.
Ganhamos relevância porque nos tornamos a fortaleza da democracia no Brasil; o território da liberdade; exemplo de respeito e empatia com milhões de cidadãos brasileiros.
Porque, enquanto alguns buscam corroer e lutam para fechar nossas instituições, nós aqui lutamos para valorizá-las. Enquanto uns cultivam o sonho torpe do autoritarismo, nós fazemos a vigília da liberdade. Enquanto uns se encontram nas trevas, nós celebramos a luz.
Este grupo que hoje se apresenta tem muitas diferenças, sim. Porque, diferente daqueles que não suportam viver no marco das leis e das instituições e que não suportam o contraditório, nós nos fortalecemos nas divergências, no respeito, na civilidade e nas regras do jogo democrático.
Para manter a chama da democracia acesa, a Câmara deve ser livre, independente e autônoma, garantindo a nossa sintonia maior, com a sociedade e com o povo brasileiro.
Esta não é uma eleição entre candidato A ou candidato B. Esta é a eleição entre ser livre ou subserviente; ser fiel à democracia ou ser aliado do autoritarismo; ser parceiro da ciência ou ser conivente com o negacionismo; ser fiel aos fatos ou ser devoto de fake news.
É por isso que hoje nos unimos!
Nos fortalecemos na diferença, no respeito às instituições e na liberdade. A Câmara vai escolher se será companheira de um projeto de poder que menospreza as instituições e que, por inúmeras vezes, sugeriu o fechamento desta Casa, ou se será livre para defender e aprofundar a nossa democracia, preservando nosso compromisso com o desenvolvimento do país.
Certamente, Ulysses Guimarães estaria deste lado aqui e talvez repetiria em alto e bom som: eu tenho ódio e nojo das ditaduras.
Somos a União da democracia e da Liberdade!\"



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