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Fiocruz cria vacina própria contra a Covid-19

por: Igor Tarcízio 


A pesquisa foi iniciada em janeiro, quando surgiram as primeiras notícias sobre o novo coro na vírus, na China (Imagem: Reprodução)

Ao mesmo tempo que se prepara para produzir a vacina contra a Covid-19 criada pela Universidade de Oxford e pela AstraZeneca, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) avança no desenvolvimento de duas vacinas próprias. A pesquisa foi iniciada em janeiro, quando surgiram as primeiras notícias sobre o novo coronavírus, na China. Desde então, mais de 1,5 milhão de pessoas já morreram em todo mundo.

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As duas vacinas são tocadas com financiamento nacional e, de acordo com o cronograma da instituição, têm prazo de conclusão para o final de "2021 ou o primeiro semestre de 2022. Na verdade, apenas uma delas sobreviverá ? a que se sair melhor nos estudos pré-clínicos.

"Desenvolvemos ambas em paralelo, pelo menos nos estágios iniciais, para podermos ter maior garantia que conseguiremos levar um produto até o final?, afirma o vice-diretor de Desenvolvimento Tecnológico de Bio-Manguinhos (Fiocruz), Sotiris Missailidis.

Desenvolvimento

As duas ? chamadas pelos pesquisadores de "sintética? e de "subunidade? ?, estão na fase de desenvolvimento pré-clínico (estudos em animais), dividida em duas etapas: avaliação de segurança/imunogenicidade e proteção.

"A primeira etapa era pra ver se essas vacinas geravam anticorpos e uma resposta imunocelular e também se eram seguras. Essa etapa foi concluída com resultados positivos. Não tinha problemas de toxicidade, são imunogênica?, complementou Sotiris.

A segunda fase deve começar em breve. Nela, "você vacina o animal e o desafia com o vírus vivo de Sars-Cov-2 para ver se a vacina o protege.? Se tudo der certo, começam os testes em humanos.

A vacina sintética é baseada em peptídeos ? pequenas partes de proteínas do vírus ?, produzidos em laboratório por síntese química e que são reconhecidos pelo sistema imune. O objetivo é induzir a produção de anticorpos específicos ao vírus e ativar linfócitos T, que também têm a função de defender o corpo dos vírus.

Com informações da Folha de S. Paulo



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