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Depois de 4 meses como interino, Pazuello será efetivado na Saúde

por: Nathalia Bignon 


Eduardo Pazuello, enquanto atuava como General de Divisão ? (Foto: Anderson Riedel/PR)

Após quase quatro meses no cargo de ministro interino da SaúdeEduardo Pazuello será finalmente efetivado na próxima quarta-feira (16) pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). A posse está marcada para as 17h, no Palácio do Planalto.

General do Exército, Pazuello foi nomeado ministro interino em 3 de junho, embora já estivesse, na ocasião, ocupando o posto havia 20 dias, depois que o médico Nelson Teich ? do qual era secretário-executivo ? pediu demissão. Teich deixou o ministério menos de um mês depois de assumir a pasta e saiu em meio a divergências com Bolsonaro sobre a ampliação da oferta da cloroquina. Desde então, Pazuello é o responsável pelas estratégias do governo federal de enfrentamento da pandemia da Covid-19.

Os convites para a cerimônia de posse de Pazuello começaram a ser distribuídos a autoridades na segunda.

Pazuello nasceu no Rio de Janeiro e é formado na Academia Militar das Agulhas Negras, mesma instituição onde Bolsonaro estudou.

Diálogo com militares

Em 20 de maio, Bolsonaro afirmou que Pazuello ficaria "por muito tempo? à frente da pasta. Dois dias depois, o ministro da Casa Civil, Braga Netto, afirmou que ele estava no cargo "por tempo determinado?, com o objetivo de "acertar? a logística da pasta. Na época, no entanto, o general chegou a dizer ao presidente que preferia ser temporário e que queria deixar a função em outubro.

O que incomodava o militar era a resistência dos comandantes das Forças Armadas, sobretudo pelo fato de Pazuello ser da ativa. O receio era de que uma gestão desastrosa, em meio a uma crise sanitária, pudesse prejudicar a imagem do Exército.

Nas últimas semanas, no entanto, Bolsonaro iniciou uma ofensiva sobre os comandantes militares para convencê-los a efetivar o general. Nas conversas, ele ressaltou que o pior da pandemia já passou e que a atuação do militar foi satisfatória.

A auxiliares, Pazuello afirmou que, a princípio, a medida indica uma "mudança de status?, mas que isso não deve levar a outras alterações, como a ir para a reserva do Exército, por exemplo. A avaliação é que não há obrigatoriedade prevista em lei para isso.

Inicialmente, Pazuello costumava dizer que ficaria apenas por 90 dias. O prazo, porém, encerrou em agosto. Dias depois, ele deixou oficialmente o comando da 12a região militar, em Manaus, para onde dizia que pretendia voltar após o que define como "missão? no ministério.

Gestão Pazuello

Como interino, Pazuello aumentou o número de militares em cargos de comando e até mesmo em postos estratégicos. Foram ao menos 28 nomeados. Sob sua gestão, o ministério também ampliou a oferta da cloroquina, medida rechaçada por especialistas, e chegou a retirar dados do total de casos da Covid-19 de painéis da pasta, o que levou órgãos de imprensa a organizar um consórcio para divulgar os dados. A pasta recuou na sequência.

Atualmente, o país registra 4,3 milhões de casos confirmados da Covid-19, com 132 mil mortes.

Com informações do G1 e Folha de S.Paulo



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