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ECONOMIA CRIATIVA CRESCE NA CRISE

''A crise é o melhor momento para desenvolver projetos inovadores e disruptivos", diz Steven Pedigo, diretor de pesquisa e cidades do Creative Class Group, organização com sede em Nova York, que desenvolve estratégias para o crescimento da economia criativa em todo o mundo.

Em visita ao Brasil, o pesquisador falou para uma plateia de professores e estudantes na Faculdade Belas Artes, em São Paulo. "O empreendedor deve tirar vantagem dessa fase, onde as pessoas estão mais abertas à experimentação", disse, em entrevista a Pequenas Empresas & Grandes Negócios. "Muitos dos desafios brasileiros estão relacionados a uma economia focada em commodities, em recursos naturais. É preciso mudar o foco e investir em pessoas, em talento, em empreendedorismo."

Pedigo desenvolve, nesse momento, um estudo sobre a cidade de São Paulo em parceria com a Faculdade Belas Artes. A ideia é entender as vantagens competitivas, as oportunidades e desafios associados com a economia criativa na capital paulista. "Adoraria fazer um trabalho junto à prefeitura da cidade e desenvolver estratégias que resultassem em um maior incentivo para os negócios ligados a design, arte e cultura."

Mas, para que isso aconteça, é preciso contar com um líder "visionário". "Quem investe em economia criativa consegue excelentes resultados a médio e longo prazo. O problema é que a maioria dos políticos só pensa em metas imediatas. Eles precisam investir, mesmo sabendo que não colherão os resultados no seu mandato."

As mudanças na economia do país devem começar localmente, na opinião do especialista. "A economia criativa tende a florescer em clusters, dentro das cidades", afirma Pedigo, que já estudou o ecossitema de metrópoles como Nov York, Xangai, Jerusalém e cidade do México. Para estimular o setor, é preciso haver uma ação das prefeituras, e não do governo federal. "É preciso criar políticas de apoio focadas nas cidades."



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